(UESPI) Entre os objetivos dos monarcas portugueses na colonização do Brasil, se destacaram: expandir as fronteiras territoriais e encontrar metais preciosos. A esse propósito, analise as seguintes proposições:
1. a ocupação de quase todo o litoral brasileiro estava esboçada nos dois primeiros séculos da colonização portuguesa.
2. no século XVIII, através do Maranhão, os portugueses percorreram o Amazonas, rechaçando esporádicos estabelecimentos de espanhóis e infiltrações francesas.
3. a colônia de Sacramento era periodicamente alvo de ataque dos espanhóis de Buenos Aires, enquanto se consolidava o povoamento do Rio Grande do Sul.
4. a configuração do território brasileiro, tal como hoje se verifica foi, em linhas gerais, definida pelo Tratado de Madri no século XVII.
5. os limites do território do Brasil obedeceram sempre ao estabelecido no Tratado de Tordesilhas, quando se fixaram os domínios portugueses e espanhóis na América.
Estão corretas apenas:
Questões relacionadas
- Física
Segunda a figura abaixo temos o diagrama p x V onde estão representadas três transformações que levam um gás ideal do estado inicial i para o estado final f
Considerando o estudo das transformações gasosas, os três processos aos quais o gás é submetido são, respectivamente:
- Língua Inglesa | 1.4 Reading Strategies
As astronomers gaze into the depths of space, they do so with unease: They don’t know precisely what the universe is made of.
Surprisingly, no one knows the stars’ exact chemical composition: how many carbon, nitrogen and oxygen atoms they have relative to hydrogen, the most common element.
These numbers are crucial, because they affect how stars live and die, what types of planets form and even how readily life might arise on other worlds.
Twenty years ago, astronomers expressed confidence in the numbers they had been working with. Now, not so much. The problem lies not in the far corners of the cosmos, but much closer to home. Astonishingly, scientists don't know exactly what the sun is made of. As a result, they don't know what the other stars are made of, either.
“The sun is a fundamental yardstick,” says Martin Asplund, an astrophysicist at the Max Planck Institute for Astrophysics, in Germany. “When we determine the abundance of a certain element in a star or a galaxy or a gas cloud anywhere in the universe, we use the sun as a reference point.”
The sun’s location in the Milky Way also makes it a good representative of the entire galaxy. Most stars reside in giant galaxies like the Milky Way, which makes the sun a touchstone for the entire cosmos.
For nearly a century, astronomers have judged stars normal or not by seeing whether their chemical compositions match the sun’s. Most stars near us do; some don’t.Scientific American, 1 jul. 2020 (adaptado).
Segundo o texto, conhecer a composição de elementos químicos que constituem as estrelas é fundamental, pois ela, entre outros aspectos,
- Língua Portuguesa | D. Regência
(EFOMM) FELICIDADE CLANDESTINA
Clarice Lispector
Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme, enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria.
Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás escrevia com letra bordadíssima palavras como “data natalícia” e “saudade”.
Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia.
Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía As reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato.
Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria.
Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança da alegria: eu não vivia, eu nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam.
No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez.
Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono de livraria era tranquilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do “dia seguinte” com ela ia se repetir com meu coração batendo.
E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel não escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes adivinho. Mas, adivinhando-me mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra.
Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. Às vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina. E eu, que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob os meus olhos espantados.
Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo. Até que essa mãe boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler!
E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia. Devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha. Ela nos espiava em silêncio: a potência de perversidade de sua filha desconhecida e a menina loura em pé à porta, exausta, ao vento das ruas de Recife. Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: “E você fica com o livro por quanto tempo quiser.” Entendem? Valia mais do que me dar o livro: “pelo tempo que eu quisesse” é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer.
Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito. Quanto tempo levei até chegar em casa, também pouco importa. Meu peito estava quente, meu coração pensativo.
Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar... Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada.
Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo. Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante.
Com base no texto acima, responda à(s) questão(ões) a seguir.
Assinale a passagem em que a autora, apesar do uso expressivo do termo, comete, de acordo com a norma culta, um DESVIO de regência.
- Biologia | 4.1 Envoltórios Celulares
(UNIT)
A ilustração representa a diversidade de formas de transporte que pode ocorrer ao longo da membrana plasmática de uma célula. A respeito desses tipos de transporte, pode-se afirmar: - Física
Uma caixa A, de peso igual a 300 N, é suspensa por duas cordas B e C conforme a figura abaixo.
O valor da tração na corda B é igual a