No mês de setembro de 2022, uma vela de parafina acesa esquecida sobre uma mesa destruiu um casarão histórico em Quixeramobim (CE). Analise as proposições abaixo, que tratam dos componentes da vela e seus comportamentos durante a combustão, e marque, ao final, a única alternativa verdadeira.
I. Parafina é constituída de hidrocarbonetos saturados, funcionando como um combustível.
II. Na combustão da vela, o oxigênio é o comburente, e o pavio é seu único combustível.
III. A alta temperatura apenas muda o estado físico da parafina de sólido para líquido.
IV. O calor da chama liquefaz a cera, que sobe por capilaridade, é vaporizada e entra em combustão.
V. A parafina sobra ao final porque é constituída de hidrocarbonetos que queimam em temperaturas diferentes.
VI. A combustão da vela é uma reação endotérmica que produz energia luminosa e energia térmica.
São verdadeiras as afirmações
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Alguns cronistas do descobrimento do Brasil afirmaram que os Tupinambá e Tapuio possuíam santuários onde os "santos" eram maracás antropomorfos e que os seus rituais eram algazarras e macaquices. Apesar das insinuações contrárias aos nativos, uma coisa ficou clara: os silvícolas não só conheciam música, como guardavam certos instrumentos em estúdios.
Atualmente, constatou-se que a força coercitiva das sociedades indígenas emana daquele santuário denominado Casa das Flautas, localizado em amplo terreiro, onde os homens encontram-se diariamente para confraternizar, executar trabalhos manuais, resolver os diversos problemas da comunidade e ensinar aos jovens a arte de viverem harmonia com a natureza.
O surgimento desse estúdio não foi ao caso. Tem raízes mitológicas onde um ‘herói civilizador’ sempre aparece criando o ambiente ideal para orientar o homem no sentido de conviver socialmente, diitando as regras através de forças ocultas nos instrumentos musicais e nas músicas.
Como exemplo, há o uso das flautas do Jakuí pelos grupos xinguanos, para atrair o seu herói mítico Karytu, que se incorpora no pajé promovendo curas e a valorização do trabalho coletivo dos homens e garantindo a superioridade machista. Assim fica caracterizado que essa flauta é "perigosa" e precisa ser guardada em cabana própria. Contrapondo-se a esse ritual, as mulheres rebelaram-se, dando origem ao seu Iamuricumã, ritual que valoriza a mulher, que, assim, marca o seu espaço na sociedade.
Antes de entrarmos no mérito da questão, é conveniente demonstrar como os índios percebem o som.
Do movimento das coisas, nasce o som ihu; ele viaja no vento e chega às orelhas namí, penetra pelo canal auditivo iapyaikwat, no ouvido iapy, e ouve apy. Existem dois sons: o ihu (som qualquer) e o nheeng (linguagem). O Karnayurá utiliza o verbo anup (ouvir) para "aquele que simplesmente escuta" e o verbo apyap "aquele que ouve no sentido mais amplo”.
Entrevistando Menezes Bastos, que concluiu uma pesquisa sobre "o mundo acústico dos Kamayurá", aprendemos que existem cinco tipos de instrumentos: sopros, chocalhos, batedores, zunidores e canto. E o processo de geração instrumental conta com vinte e duas categorias terminais de marakatap (coisas de fazer música).
Temos que considerar ainda a parte até técnica de escolha do material: taboca, cabaças, madeiras, sementes, argilas e carapaças de certos animais. A confecção dos instrumentos, a acústica de acordo com o timbre do som, a afinação, etc. são coisas que só especialistas podem conseguir. E, finalmente, chega a vez do Mestre de Música apyap, que elabora as composições, levando em consideração a altura, freqüência e duração dos sons. É admirável que, sem partitura, eles consigam manter os seus rituais e composições desde épocas imemoriáveis.
Os aerótonos maiores que encontramos são a flauta uruá, feita de taboca com três metros de comprimento, composta de dois tubos atados lado a lado e embocadura (sopradas alternadamente, produzem sons semelhantes ao órgão); flauta do jakuí (Kamayurá); flauta milomakií (Yakuná); flauta jurupari (Tukano); flauta bu-bu (Tikuna); flauta surubi (Aruak); flauta kaduké (Munduruku); flauta carriçó (Maués); e flauta iauacanã (Skariana). Com exceção da última, todas elas. são de paxiúba (Iriartea exorriza) ou umbaúba (género Cecropia) - árvores originadas do "corpo" de certos "heróis míticos", que através de suas músicas maravilhosas conseguiam seduzir as mulheres. Essa crença é que levou os homens a construir a Casa das Flautas. Convém notar ainda que essas flautas contém um só tubo.
Flautas menores, sem "influências perigosas", são guardadas sem restrições: flauta bua-xinxin (Juruna), composta de cinco tubos do tipo "órgão?de boca"; flauta iapurutu (lanomama); flauta tsi-hali (Ariti); flauta naketi (Poari); flauta uapawá (Xavante); flauta tsidupu (Xavante); flauta nam-a-oã (Tukano); flauta mayci (Juruna); flauta akaty (Piratapuyo); flauta mahá (Wananá); flauta muka (Siwsí); e flauta aiary (Piratapuyo). Com exceção dajuruna, as outras são de um só tubo, com até trinta centímetros de comprimento, com embocadura, palheta e até cinco orifícios. Algumas chegam em semelhança de som aos clarinetes e aos flautins.
Flautas de ossos são feitas do rádio, da tíbia ou fêmur de certos animais (macaco, veado e onça), aves (gavião, urubu, jaburu e garças), predominando os instrumentos de um só tubo, similares aos de taboca antes mencionados, sendo bem menores.
Existem as flautas e apitos globulares, feitos de cabacinha, contendo embocadura lateral e dois orifícios (ostentam desenhos em pirogravura e são usados como colares). Outros, ainda, são de sementes, cocos, cerâmica, bainha de flores do coqueiro e madeira escavada.
Quanto às buzinas, elas são feitas de taboca, cabaça e porongo, como a apitimukô (Canela e Kayapó), de taboca com terminal de cauda de tatu-canastra (atualmente, também de chifre bovino); okóne (Kayapó), de taboca recoberta de plumas coloridas; paná (Bororo), composta de até cinco cabaças coladas verticalmente uma sobre a outra; mitaré (Erigpactsá), de madeira escavada em duas faces e coladas com resinas; namá-doxopoá (Tukano), de cabeça de veado contendo embocadura entre os chifres.
Os zunidores são instrumentos cujo som é conseguido pelo deslocamento da peça (um tipo de espátula) presa a um fio e acionada em círculo. Alguns têm formato de peixes e são decorados com pintura e plumas.
Os instrumentos de percussão são os mais variados. De início, o simples bater o pé marca o som e o ritmo nas danças. É a forma mais primitiva e natural. Aí, surgem os maracás, feitos geralmente de cabaças e que são decorados com ranhuras, pirogravuras, plumas e penas coloridas. Outros são feitos de caramujos, ovos de jacaré e ema, bem como de carapaças de tartaruguinhas. Existem, ainda, os maracás tubulares, feitos de taboca e recobertos de esteiras. Os chocalhos em fieira são confeccionados de sementes, cocos, cascos de veado, porco e anta, sendo também usados como cintos e ligas.
O bastão de ritmo - muruku-malacá (Galibí) - é constituído de uma longa vara com desenhos em relevo e um maracá na extremidade superior, escavado na própria madeira; a tapanauanã (Kamayurá) é um tubo de taboca que é batido num cepo; tutu (Tikuna), um tambor de embaúba (madeira oca) fechado com pele; o katukinaru (Katukina), um tambor de embaúba com pele; pin-pin (Kadwéu), chamado "tambor-de-água", é feito de madeira escavada onde colocam água e fecham com pele, utilizando baqueta de cabaça; o paka-i (Pakas-nova) é modelado com cerâmica e recoberto de látex em tiras de sernambi; o trokano (Tukano e Tikuna), tambor de grande porte, é feito com tronco de árvore bem decorado, ficando suspenso sobre cavaletes e sendo percutido com macetas.
As melodias que todos cantam surgem durante o "sono" dos pajés ou de guerreiros privilegiados. O pajé canta durante as invocações, enquanto vibra no ar o seu maracá, varinha mágica de penas longas, ou sopra baforadas de cachimbo sobre os enfermos.
Existem simpatias para "limpar a voz" que consistem em beber o suco de baxe enodoréu, de porodogeba ou do jowe e rubo. Para não esquecer as canções, basta colocar um raminho de enodoréu à guisa de brinco. Para aprender a cantar com perfeição, pintam uma linha com kiduguru do ouvido ao lábio superior.
Normalmente há uma oposição entre homens e mulheres sobre a execução de certas melodias: os homens cantam e dançam entrelaçados, formando uma coreografia; as mulheres também cantam e dançam entrelaçadas, formando outra coreografia. Raramente estão juntos. Observamos que os índios não fazem uma coisa sem a outra (cantar e dançar). Apenas os pajés têm os seus rituais isoladamente, devido à necessidade de entrar em transe para alcançar o mundo dos espíritos causadores das doenças e conseguir ajuda. Dessa maneira, também, interferem nos fenômenos atmosféricos.
Para os silvícolas a música instrumental e os cânticos representam a força mágica que é o suporte da sociedade. E através dos sons eles alcançarão os tempos mitológicos, onde está a fonte da sabedoria de viver em harmonia com a natureza.
Texto e fotografias de J. A. Peret
Extraído da Revista Geográfica Universal
Número 129 de Agosto de 1985
Maracá de cabaça (Karajá)
Compartilhe com a turma a reportagem acima e sugira que pesquisem a respeito do assunto em livros, revistas, jornais e sites da internet. Abra uma roda de discussão para trocarem as informações coletadas. A partir das pesquisas proponha aos alunos que façam pinturas que representem tudo que pesquisaram, retratando os rituais de música, os instrumentos musicais e as danças. Durante a execução do trabalho coloque para escutarem músicas indígenas interpretadas pela cantora e compositora Marlui Miranda, os álbuns Ihu e Ihu II são bem apropriados.
Depois combine com eles uma mostra dos trabalhos no espaço cultural da escola.
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(Fits) O PTC (feniltiocarbamida) é uma substância desagradavelmente amarga para algumas pessoas e totalmente insípida para outras. A sensibilidade pelo gosto amargo da substância é determinada por um alelo dominante.
Com base nessas informações, se um homem sensível ao PTC, filho de mãe normal, casa-se com uma mulher insensível ao gosto da substância, a probabilidade de o casal ter 5 filhos, em gestações consecutivas, todos sensíveis ao gosto amargo do PTC, é de
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Fotógrafo chinês se camufla na paisagem urbana
Liu Bolin se camufla na paisagem
O artista chinês Liu Bolin se camufla na paisagem urbana para retratar o anonimato do ser humano. Os trabalhos passam a mensagem, angustiante para alguns, de que o ser humano é um solitário. Críticos de arte também destacam o lado político dos trabalhos de Liu: o de ser “massa” em um país de 1,4 bilhão de habitantes.
Em 2005, ele foi um de diversos artistas que tiveram ateliês fechados pelo governo. O mundo artístico acusa os líderes comunistas de perseguição.
Liu nasceu em 1973, na província de Shandong, no leste da China. Formou-se pela Academia de Belas Artes de Shandong e começou a participar de grandes exposições aos 28 anos.
Feitas a partir de 2006, as fotos da série “Hide in the City” — algo como “Anônimo na Cidade”, em tradução livre — catapultaram o artista para a cena internacional.
Ele já realizou exposições individuais na França, Itália e Estados Unidos, e suas obras já foram exibidas em algumas das principais galerias chinesas.
Para se camuflar ao ambiente, são necessárias até 10 horas de pintura corporal. Alguns passantes só percebem sua presença quando ele se movimenta. Para os críticos, o trabalho de Liu esbanja uma “força silenciosa”.
(Disponível em: <http://noticias.uol.com.br/>. Acesso em: 28 jul. 2009.)
O verbo da oração destacada no penúltimo parágrafo do texto se encontra na voz passiva. É correto afirmar que o agente da voz passiva, nessa oração,