Leia o trecho a seguir.
Em agosto, na Amazônia, animais e equipamentos eletrônicos foram apreendidos pela Polícia Federal em poder de um cidadão estrangeiro. Caixas de plástico guardavam mais de dez mil animais secos, entre eles besouros gigantes, que podem valer até U$ 5 mil. Com a coleção, havia equipamentos de alta tecnologia, capazes de localizar, com a ajuda de microchips e antenas, os locais escolhidos por uma borboleta para se alimentar e pôr ovos. Pesquisadores e policiais suspeitam que o estrangeiro usava a tecnologia para capturar espécies raras e alimentar um movimentado mercado negro.
“O Globo”, 23 Set. 2001.
Além dos animais citados no texto da reportagem, outros pertencentes ao mesmo grupo estão sendo capturados e vendidos por colecionadores de todo o mundo. Assim, o jornal noticia um eventual caso de biopirataria, envolvendo um grupo específico de animais.
Assinale a alternativa que completa um título adequado para a notícia.
“Autoridades brasileiras investigam tráfico de
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Você e sua turma estudaram a localização de pessoas e objetos, uns em relação aos outros. Agora, observe o desenho que mostra a turma do Luan ouvindo histórias na sala de aula, e faça o que se pede.
Marque a alternativa correta.
- Língua Portuguesa - Fundamental | Não Possui Tópico Definido
Texto para a questão. Um peixe Virou a capanga de cabeça para baixo, e os peixes espalharam-se pela pia. Ele ficou olhando, e foi então que notou que a traíra ainda estava viva. Era o maior de todos ali, mas não chegava a ser grande [...]. Ela estava mexendo, suas guelras mexiam devagar, quando todos os outros peixes já estavam mortos; como podia durar tanto tempo assim fora d’água? Teve então uma ideia: abrir a torneira, para ver o que acontecia. Tirou os outros peixes para fora — lambaris, chorões e piaus —, dentro do tanque deixou só a traíra. E então abriu; a água espalhou-se, e quando cobriu a traíra, ela deu uma rabanada e disparou, ele levou o maior susto — estava muito mais viva do que pensara, muito mais viva. Ele riu, ficou alegre e divertido, olhando a traíra, que agora tinha parado num canto, o rabo oscilando de leve, a água continuando a jorrar da torneira. Quando o tanque encheu, ele fechou-a. — E agora? — falou para o peixe. — Quê que eu faço com você?... Enfiou o dedo na água, a traíra deu uma corrida assustada, ele tirou o dedo depressa. — Você tá com fome?... E as minhocas que você me roubou no rio?... Eu sei que era você; devagarzinho, sem a gente sentir... Agora está aí, né?... Tá vendo o resultado?... O peixe, quieto num canto, parecia escutar. Podia dar alguma coisa para ele comer. Talvez pão. Foi olhar na lata: tinha acabado. Que mais? Se a mãe estivesse em casa, ela teria dado uma ideia; era boa para dar ideias. Mas ele estava sozinho [...]. O jeito era ir comprar um pão na padaria. [...] VILELA, Luiz. Um peixe. In: Tarde da noite. São Paulo: Ática, 1988. Glossário Capanga: bolsa pequena Guelras: órgãos respiratórios dos peixes
O período composto está presente em:
- Sociologia | 2. Diversidade Cultural e Estratificação Social
(Upe) Observe a imagem a seguir:
Valendo-se do conteúdo sociológico contido nessa imagem, é INCORRETO afirmar que, no Brasil,
- Língua Portuguesa - Fundamental | 9.01 Texto narrativo
LELÊ E O MINGAU DE CHOCOLATE
Anteontem foi o dia mais triste da minha vida.
Eu estava em casa, brincando com os meus brinquedos novos (um boneco de múmia e um carrinho que é uma limusine chique) enquanto o meu pai e a minha mãe não chegavam para o almoço. Aí, quando eu escutei o barulho do carro do meu pai, eu fui até a porta para pular em cima dele.
Eu vi que ele estava meio sério e aí, antes que eu pulasse na barriga dele, ele falou:
- A sua avó morreu.
Eu fiquei parado, sem me mexer. Só depois de um tempo eu consegui dizer:
- Quê?
E ele repetiu:
- A sua avó morreu.
Aí eu comecei a chorar e o meu pai me abraçou.
Nunca uma pessoa que eu conhecia tinha morrido. Aí eu fiquei pensando “Poxa, eu nunca mais vou ver ela. Nunca mais”, e eu fiquei muito triste, porque é muito triste este negócio de nunca mais.
A minha avó já estava bem velhinha. Ele morava num asilo e não lembrava mais direito das coisas. Só lembrava bem mesmo da minha mãe, que era a filha dela. Mas de mim ela não lembrava muito, só de vez em quando, e aí era legal porque ela me chamava de Bacaninha e dizia que eu era o seu neto favorito, e é sempre bom quando alguém diz que você é o favorito.
Então a minha mãe chegou e o meu pai foi falar com ela. Eu só fiquei olhando de longe, sem escutar nada. Mas nem precisava. Eu entendi quando que foi que o meu pai falou da minha avó porque de repente a minha mãe pôs as duas mãos no rosto e começou a chorar. Quando a mãe da gente chora é a coisa mais triste que tem, porque parece que a gente chora duas vezes.
De tarde teve uma coisa chamada velório e eu não fui para a escola. Não ir para escola é bom, mas dessa vez não foi. Eu vi a minha avó no caixão e foi estranho, porque não parecia que ela tinha morrido. O corpo dela estava igualzinho, e eu tinha a impressão de que ela ia levantar. Eu ficava pensando assim: “Se tem coisa que quebra e pára de funcionar, mas depois dá para consertar, porque não pode ser assim com o corpo da gente? Devia ter um jeito de consertar as pessoas depois que elas quebram, e aí elas voltam a funcionar.”
Mas eu não falei isso para ninguém porque iam dizer que eu era bobo.
O velório é uma coisa estranha. Toda a família vai, até aqueles primos que você nunca vê. E todo mundo fica triste porque alguém morreu, mas também fica um pouco alegre porque toda a família está junta. Mas eu não entendo uma coisa: se todo mundo fica feliz porque fica junto, por que não fazem isso nos outros dias, quando ninguém morreu?
Bom, ali no velório eu comecei a pensar uma coisa que eu nunca tinha pensado. Pensei que um dia eu vou morrer. E também pensei que um dia o meu pai e a minha mãe vão morrer. E pensei que o meu avô, que mora em casa e é pai do meu pai, deve morrer logo, porque ele é o que está mais velho de todos.
Acho que o meu avô pensou a mesma coisa, porque ele estava o maior calado.
Aí a gente voltou do velório e eu estava muito preocupado com esse negócio de morrer. Eu só ficava pensando que podia ter um dia que eu nunca mais ia ver alguém, e eu não gosto desse negócio de nunca mais.
Eu fui brincar com meus brinquedos novos, a múmia e a limusine chique, mas nem brincava direito. Aí o meu avô chegou perto de mim e perguntou:
- Tudo bem?
E eu respondi:
- Tudo - mas era mentira.
Eu continuei brincando por um tempo, e o meu avô ficou ali me olhando. Então uma hora eu peguei coragem e perguntei para ele:
- Por que as pessoas têm que morrer?
Foi a primeira vez que eu ouvi o meu avô responder “Não sei”, porque ele sempre sabe tudo.
Ele viu um pouco de televisão e depois ele me perguntou:
- Quer mingau de chocolate?
Eu e o meu avô gostamos um tantão de mingau de chocolate. A minha mãe até chama a gente de mingófilos. Então eu respondi:
- Quero - e a gente foi para a cozinha.
Ele fez o mingau no fogão e eu fiquei brincando com os meus carrinhos. Aí ele botou o mingau num prato, pegou duas colheres e a gente ficou esperando ele esfriar um pouco.
Ninguém falou nada por um tempo, mas aí eu não agüentei e perguntei uma coisa que eu estava com a maior vontade de perguntar:
- Vô, se todo mundo morre, por que que a gente nasce?
O meu avô ficou passando a colher pela bordinha do mingau, que é a parte que fica fria primeiro. Quando a colher ficou cheia, ele disse:
- Lelê, eu acho que a vida é mais ou menos que nem esse mingau. É uma coisa muito boa, muito gostosa, mas que a gente sabe que vai acabar. Só o que a gente pode fazer é aproveitar cada pedacinho e dividir com quem a gente gosta.
Depois deu uma risada meio triste, sem mostrar os dentes, e colocou a colher na minha boca. Aí eu enchi a minha colher o mais que dava e coloquei na boca dele. Aí ele colocou outro tanto na minha boca, mas passou a colher no meu nariz e deixou-o sujo de chocolate, e eu fiz a mesma coisa com ele. A gente foi comendo e rindo. No final só sobrou um pouquinho de mingau bem no meio do prato. Mas esse, sei lá por que, a gente não comeu.
(Fonte: TORERO, José Roberto. As primeiras histórias de Lelê. São Paulo, Panda Books, 2007 p.58-62.)
Depois que a mãe de Lelê chega em casa, os pais dele conversam.
a) Que assunto fez parte dessa conversa?
b) Como Lelê soube qual era o assunto se não ouviu a conversa dos pais?
c) Às vezes, podemos perceber qual é o assunto de uma conversa sem ouvir o que as pessoas estão dizendo. Dê um outro exemplo que comprove essa afirmativa e diga quais são as pistas que devem ser observadas.
- Matemática - Fundamental | 07. Razão e Proporção na Geometria
. A figura representa parte da planta do bairro Funcionários na cidade de Belo Horizonte – Minas Gerais. Neste trecho, as ruas Alagoas e Pernambuco são paralelas e a Avenida Brasil é transversal a essas ruas.
O automóvel, representado pelo retângulo preto desenhado na figura, vai entrar na rua Pernambuco fazendo o percurso indicado pelas setas. A medida do ângulo x que esse automóvel vai descrever ao entrar nessa rua é