(UECE) No Brasil, os veículos de pequeno, médio e grande porte que se movimentam sobre quatro ou mais pneus são identificados com placas alfanuméricas que possuem sete dígitos, dos quais três são letras do alfabeto português e quatro são algarismos de 0 a 9. inclusive estes. Quantos desses veículos podem ser emplacados utilizando somente letras vogais e algarismos pares?
Questões relacionadas
- Língua Portuguesa | 1. Interpretação de Textos
O ARRASTÃO
[1] Estarrecedor, nefando, inominável, infame. Gasto logo os adjetivos porque eles fracassam em
dizer o sentimento que os fatos impõem. Uma trabalhadora brasileira, descendente de escravos,
como tantos, que cuida de quatro filhos e quatro sobrinhos, que parte para o trabalho às quatro
e meia das manhãs de todas as semanas, que administra com o marido um ganho de mil e
[5] seiscentos reais, que paga pontualmente seus carnês, como milhões de trabalhadores brasileiros,
é baleada em circunstâncias não esclarecidas no Morro da Congonha e, levada como carga no
porta-malas de um carro policial a pretexto de ser atendida, é arrastada à morte, a céu aberto,
pelo asfalto do Rio.
Não vou me deter nas versões apresentadas pelos advogados dos policiais. Todas as vozes
[10] terão que ser ouvidas, e com muita atenção à voz daqueles que nunca são ouvidos. Mas, antes
das versões, o fato é que esse porta-malas, ao se abrir fora do script, escancarou um real que
está acostumado a existir na sombra.
O marido de Cláudia Silva Ferreira disse que, se o porta-malas não se abrisse como abriu (por
obra do acaso, dos deuses, do diabo), esse seria apenas "mais um caso". Ele está dizendo:
[15] seria uma morte anônima, aplainada1 pela surdez da praxe2, pela invisibilidade, uma morte não
questionada, como tantas outras.
É uma imagem verdadeiramente surreal, não porque esteja for a da realidade, mas porque
destampa, por um "acaso objetivo" (a expressão era usada pelos surrealistas3), uma cena
recalcada4 da consciência nacional, com tudo o que tem de violência naturalizada e corriqueira,
[20] Tratamento degradante dado aos pobres, estupidez elevada ao cúmulo, ignorância bruta
transformada em trapalhada transcendental5, além de um índice grotesco de métodos de
camuflagem e desaparição de pessoas. Pois assim como Amarildo6 é aquele que desapareceu
das vistas, e não faz muito tempo, Cláudia é aquela que subitamente salta à vista, e ambos
soam, queira-se ou não, como o verso e o reverso do mesmo.
[25] O acaso da queda de Cláudia dá a ver algo do que não pudemos ver no caso do desaparecimento
de Amarildo. A sua passagem meteórica pela tela é um desfile do carnaval de horror que
escondemos. Aquele carro é o carro alegórico de um Brasil, de um certo Brasil que temos que
lutar para que não se transforme no carro alegórico do Brasil.
José Miguel Wisnik Adaptado de oglobo.globo.com, 22/03/2014.
No início do texto, ao expressar sua indignação em relação ao tema abordado, o autor apresenta uma reflexão sobre o emprego de adjetivos.
Essa reflexão está associada à seguinte ideia:
- História | 1.5 Ciclo do Açúcar e Sociedade Colonial
[...] as irmandades de negros eram espaços permitidos dentro da legalidade, nos quais o escravo podia manifestar-se fora de suas relações de trabalho. [...] Em certo sentido, era através da religião católica que o escravo encontrava algum lenitivo para sua situação. Tudo indica que a permissão para a criação das irmandades de negros tenha sido dada com o intuito de obter melhores resultados na cristianização dos escravos
[...]. Paradoxalmente, os negros utilizaram as irmandades para resguardar valores culturais, em especial suas crenças religiosas. [...] Tudo leva a crer que, a partir da realidade vivida naquela época, bem como considerando as dificuldades, o negro recriou e reinterpretou a cultura dominante, adequando-a à sua maneira de ser
(Ana Lúcia Valente. “As irmandades de negros: resistência e repressão”. In: Horizonte, v. 9, no 21, 2011.)
Segundo o excerto, as irmandades religiosas de negros, no Brasil colonial, eram
- Língua Portuguesa - Fundamental | 1.02 Variedades Linguísticas
Texto base: 3935027
Texto para a questão. Como a internet está matando a democracia “Fomos muito ingênuos”, adverte o pesquisador e jornalista inglês Jamie Bartlett. Para ele, nos primórdios da internet, “havia uma ampla visão de que o simples fato de tornar a informação mais disponível e permitir que todos pudessem criar e compartilhar informação transformaria o nosso ambiente em mais informado, politizado e racional.” Não foi o que aconteceu, e, segundo ele, a radicalização atual nem era tão difícil de prever. Para Bartlett, os grupos radicais chegaram antes à internet por estarem fora dos jornais [...] “Mas o mais importante é que todos nós nos tornamos mais radicais”, explica. “Pulamos de um assunto para outro e somos apresentados a mais e mais conteúdos apelativos e sensacionalistas para manter nosso vício nas redes.” Como resultado, somos expostos a argumentos emocionais radicais e acabamos xingando e vociferando nas redes sociais. [...] Em entrevista à Pública, Bartlett fala sobre a radicalização promovida pelo ambiente online, desinformação, campanhas digitais e outros perigos da rede para a democracia. Mas, mais do que constatar os problemas, o pesquisador propõe soluções para avançarmos junto com a tecnologia. Entre elas, um departamento governamental dedicado a fazer uma auditoria de algoritmos e uma base de dados pública, com registros instantâneos, de toda propaganda eleitoral publicada nas redes. [...] Disponível em: https://exame.abril.com.br/tecnologia/como-a-internet-esta-matando-a-democracia/. Acesso em: 3 maio 2019. Adaptado.
Enunciado:
Leia mais um trecho da matéria sobre a entrevista de Bartlett:
Não é simplesmente a desinformação pela desinformação, é que a informação circula em bolhas. Na rede, você encontra dados e estatísticas para embasar qualquer opinião que você tenha. Cada um tem seus próprios fatos. E eles não estão exatamente certos, mas na internet é possível encontrar tanta coisa que existe informação para o que você quiser, tudo que valide sua opinião.
Disponível em: https://exame.abril.com.br/tecnologia/como-a-internet-esta-matando-a-democracia/. Acesso em: 3 maio 2019.
A oração subordinada reduzida destacada no texto “ encontrar tanta coisa” exerce a função de:
- Matemática | 07. Sistemas Lineares
(FGV) Chama-se solução trivial de um sistema linear aquela em que todos os valores das incógnitas são nulos.
O sistema linear, nas incógnitas
- Matemática | 3.6 Exponencial
A torre de Hanói é um jogo que tem o objetivo de mover todos os discos de uma haste para outra, utilizando o menor número possível de movimento, respeitando-se as regras.
As regras são:
1- um disco maior não pode ser colocado sobre um disco menor;
2- pode-se mover um único disco por vez;
3- um disco deve estar sempre em uma das três hastes ou em movimento.
Disponível em: http://www.realidadevirtual.com.br. Acesso em: 28 abr. 2010 (adaptado).
Disponível em: http://www.imeusp.br. Acesso em: 28 abr. 2010 (adaptado).Usando a torre de Hanói e baseando-se nas regras do jogo, podemos montar uma tabela entre o número de peças (X) e o número mínimo de movimentos (Y):
A relação entre (X) e (Y) é