Nasa acha metano em Marte e gera entusiasmo
Na Terra, micróbios produzem o gás, o que leva à inevitável questão:
eles estão por lá também?
A descoberta de misteriosas emissões de metano em Marte, feita pelo jipe americano Curiosity, pode dar novo foco às próximas sondas enviadas ao planeta vermelho. É preciso agora identificar a origem desse gás.
Na Terra, a maior parte das emissões de metano é produzida por atividade biológica. Micróbios que processam gás carbônico e emitem o gás são comuns por aqui.
A história em Marte, contudo, pode ser outra. Uma das possibilidades é que o metano seja produzido por processos geológicos, como a reação do mineral olivina com água no subsolo.
A detecção aconteceu cerca de um ano e meio depois do pouso do Curiosity na cratera Gale, no planeta vermelho. As medições iniciais surpreenderam, pois produziram uma concentração de metano muito menor do que a estimada por observações orbitais.
Contudo, durante cerca de 60 dias, entre o fim de 2013 e o começo de 2014, o jipe viu um aumento de cerca de dez vezes na concentração do gás. Os cientistas foram capazes de descartar a hipótese de que a emissão se dá pela reação de compostos orgânicos trazidos por meteoritos e poeira cósmica com a radiação ultravioleta do Sol.
Em vez disso, ficou claro que alguma coisa está borbulhando o metano para a atmosfera, onde ele é rapidamente destruído. O enigma é biológico ou geológico?
“Agora é preciso dar prioridade em missões futuras para determinar isso”, afirma Jonathan Lunine, da Universidade Cornell, pesquisador que não participou da descoberta, publicada on-line pela revista Science.
Nasa acha metano em Marte e gera entusiasmo. In: Folha de S.Paulo. 18 dez. 2014.
Releia o seguinte trecho.
“‘Agora é preciso dar prioridade em missões futuras para determinar isso’.”
O termo em destaque refere-se