Texto base: Governar Os garotos da rua resolveram brincar de governo, escolheram o presidente e pediram-lhe que governasse para o bem de todos. – Pois não – aceitou Martim. – Daqui por diante vocês farão meus exercícios escolares e eu assino. Clóvis e mais dois de vocês formarão a minha segurança. Januário será meu Ministro da Fazenda e pagará o meu lanche. – Com que dinheiro? – atalhou Januário. – Cada um de vocês contribuirá com um cruzeiro por dia para a caixinha do governo. – E que é que nós lucramos com isso? – perguntaram em coro. – Lucram a certeza de que têm um bom presidente. Eu separo as brigas, distribuo tarefas, trato de igual para igual com os professores. Vocês obedecem, democraticamente. – Assim não vale. O presidente deve ser nosso servidor, ou pelo menos saber que todos somos iguais a ele. Queremos vantagens. – Eu sou o presidente e não posso ser igual a vocês, que são presididos. Se exigirem coisas de mim, serão multados e perderão o direito de participar da minha comitiva nas festas. Pensam que ser presidente é moleza? Já estou sentindo como esse cargo é cheio de espinhos. Foi deposto, e dissolvida a República. ANDRADE, Carlos Drummond. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: Best Seller, 2009. p. 91.
Enunciado:
A correspondência feita entre o momento da narrativa e os parágrafos que o compõem está adequada na seguinte alternativa: