A tira de Garfield é engraçada porque:
Questões relacionadas
- Matemática - Fundamental | 02. Potenciação e Radiciação
(IFSC)
Considere a expressão numérica A = 0,001/1000+82/3 É CORRETO afirmar que o valor de A é:
- Ciências - Fundamental | Não Possui Tópico Definido
Foram necessários alguns milhões de anos para o ser humano alcançar o atual estágio de evolução. Nossos ancestrais eram hominídeos primitivos e se assemelhavam aos chimpanzés sob o aspecto físico e mental. De maneira geral, pode-se dizer que o desenvolvimento do cérebro do ser humano fez com que seu tamanho crescesse e necessitasse de mais energia para suprir suas necessidades fisiológicas. No gráfico a seguir são apresentadas as quantidades diárias de energia necessária para manter o metabolismo cerebral, na condição de repouso, do ser humano em alguns estágios de desenvolvimento.
Entre todos os animais, o ser humano é um dos mais privilegiados, apresentando o maior tamanho relativo do cérebro. Para chegar a este estágio, os cientistas acreditam que, ao longo do tempo, o ser humano passou a ingerir alimentos mais ricos e variados para suprir a necessidade de mais energia. Na tabela a seguir é apresentada a quantidade média de energia liberada por quilograma de alguns alimentos.
Com base nessas informações e sob o aspecto do desenvolvimento do cérebro, provavelmente,
- Língua Portuguesa - Fundamental | 7.7 Pronome
Texto base: Leia a charge a seguir para responder a questão.
Disponível em: http://rizomas.net/charges-sobre-educacao.html. Acesso em 01 nov. 2011.
Enunciado:
O termo "esse vívus" poderia também ter sido substituído na frase por um pronome pessoal.
(A) Identifique qual é esse pronome.
(B) Reescreva a frase fazendo essa substituição
- Espanhol - Fundamental | Não Possui Tópico Definido
COLOREA.
• LA MAESTRA
• LA ESCUELA
- Língua Portuguesa | 1.1 Tipologia e Gênero Textual
TEXTO
Cartas para minha avó
Querida vó Antônia,
Minhas lembranças de você têm gosto de manga
verde e doce de abóbora. Têm cheiro de feijão e
jantar às seis da tarde. Você me adoçava a boca e
[5] benzia a alma. “É cobreiro, tem que benzer.” Ou:
“Essa menina está aguada, dê o que ela quer
comer”. Eu amava passar minhas férias na sua casa,
sentir o amor em sua melhor forma.
Guardo na memória os mimos, as broncas
[10] na minha mãe quando ela brigava comigo, o cheiro
do Yamasterol no cabelo. As mesadas que me dava
escondido, os passeios com o tio Edson. Como
meus pais não tinham carro, uma das minhas
maiores alegrias era saber que o tio Edson estava
[15] indo a Santos me buscar para passar férias com
você em Piracicaba. Lá em casa, só quem passava
de ano direto tinha esse benefício. Muitas vezes fui
sozinha, sem Denis, Helder e Dara — o que eu
adorava, confesso, pois sem meus irmãos por perto
[20] teria você só pra mim. Quando Dara ia, a gente não
somente disputava sua atenção, mas também
disputava para ver quem atenderia aquele telefone
bonito que você tinha. A vencedora sempre
acabava caçoando da perdedora.
[25] Como morava em apartamento, eu
adorava brincar pela sua casa, vó, correr pelo
quintal, subir nas árvores, fugir dos meus primos
que colocavam cigarras no bolso para meter medo
em mim. “Parem de assustar sua prima”, você
[30] dizia. Eu admirava sua coragem em acender uma
tocha de fogos para queimar a casa que os
marimbondos insistiam em construir na entrada da
sua casa no bairro São Dimas. “Quando algum te
picar, quero ver você sentir pena”, dizia quando eu
[35] lamentava a morte dos bichos. Aliás, foi numa
dessas férias com você que eu fui picada pela
primeira vez por uma abelha. Voltei chorando para
casa, aos berros, e você gritando “O que foi,
menina?”. Foi toda uma operação de guerra para
[40] conseguir tirar o ferrão. Depois, você passou uma
mistura de ervas que fez meu braço desinchar
rápido, e logo eu estava na rua de novo.
Lembro também, vó, de seu colo quente e
amoroso, das suas mãos rápidas que benziam meu
[45] corpo enquanto sussurrava rezas quase
incompreensíveis. As mesmas mãos que benziam
eram as que preparavam comidas fartas e
apetitosas no domingo. Que saudade de suas mãos
lindas, mãos com história, com calos, mas macias
[50] ao acarinhar e trançar meus cabelos. Hoje tento
entender o significado de certo mistério que te
envolvia.
Quando você ia a Santos nos visitar, eu
mal dormia na véspera, de tanta ansiedade. Como
[55] era gostoso tê-la em casa nos mimando. Sempre
trazia na mala presentes para os netos, fazia doces
deliciosos para todos, cuidava para que ninguém
brigasse. O que eu mais gostava era ter você
comigo, trançando meus cabelos. Todas as vezes
[60] que você ia embora, eu chorava. Até hoje
despedidas são difíceis pra mim.
Nunca consegui perguntar a você como foi
criar sete filhos com meu avô. Como foi ser a mãe
da Edna, do João, do José Roberto, da Erani
[65] Benedita, do Avelino, do Edson e do Edmilson.
Como foi ser a esposa de José dos Santos. Como
você se sentiu ao construir uma boa casa depois de
uma vida inteira trabalhando fora, em casa de
família. Como foi ser a matriarca de uma das
[70] poucas famílias negras de São Dimas, bairro que
depois se tornaria de classe média. Como você
lidava com o racismo. Será que pensava sobre isso
ou foi forçada a naturalizá-lo? Eu não tive tempo
de lhe perguntar nada disso. Quais eram os seus
[75] sonhos, seus medos.
Um bicho-barbeiro te picou, e você
precisou colocar um marca-passo. Com a saúde
muito fragilizada, aos 68 anos você nos deixou,
com muito ainda para viver. [...]
(RIBEIRO, Djamila. Cartas para minha avó. São Paulo: Companhia das Letras, 2021, p.9-11. Trecho. Texto adaptado.)
Considerando o trecho: “Minhas lembranças de você têm gosto de manga verde e doce de abóbora. Têm cheiro de feijão e jantar às seis da tarde” (linhas 02-04), é correto concluir-se que a infância da autora vivida com a avó