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Meninos carvoeiros
Os meninos carvoeiros
Passam a caminho da cidade.
– Eh, carvoero!
E vão tocando os animais com um relho enorme.
[...]
– Eh, carvoero!
Só mesmo estas crianças raquíticas
Vão bem com estes burrinhos descadeirados.
A madrugada ingênua parece feita para eles...
Pequenina, ingênua miséria!
Adoráveis carvoeirinhos que trabalhais como se brincásseis!
– Eh, carvoero!
[...]
BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1983. p. 192.
O poeta utilizou a grafia “carvoero” com o objetivo de