Texto base: Leia o trecho de uma carta de leitor, presente no romance Capitães da Areia, de Jorge Amado. Carta de uma Mãe, Costureira, à Redação do Jornal da Tarde Sr. Redator: Desculpe os erros e a letra pois não sou costumeira nestas coisas de escrever e se hoje venho a vossa presença é para botar os pontos nos ii. Vi no jornal uma notícia sobre os furtos dos "Capitães da Areia" e logo depois veio a polícia e disse que ia perseguir eles e então o doutor dos menores veio com uma conversa dizendo que era uma pena que eles não se emendavam no reformatório para onde ele mandava os pobres. É pra falar no tal do reformatório que eu escrevo estas mal traçadas linhas. [...] Se o senhor quiser ver uma coisa de cortar o coração vá lá. Também se quiser pode conversar com o Padre José Pedro, que foi capelão de lá e viu tudo isso. Ele também pode contar e com melhores palavras que eu não tenho. (Maria Ricardina, costureira) (publicada na quinta página do Jornal da Tarde, entre anúncios, sem clichês e sem comentários) AMADO, Jorge. Capitães da Areia. Disponível em: <www.culturabrasil.org/zip/capitaesdeareia.pdf>. Acesso em: 19 jul. 2018. Adaptado.
Enunciado:
As cartas de leitores seguem um padrão de linguagem e de estrutura bem característico. No entanto, podem ser modificadas de acordo com o contexto de produção e recepção do texto. O que diferencia a carta da leitora Maria Ricardina do padrão desse gênero textual é: