(UECE) “Quem era a burguesia? Eram os escritores, os doutores, os professores, os advogados, os juízes, os funcionários – as classes educadas; eram os mercadores, os fabricantes, os banqueiros – as classes abastadas, que já tinham direitos e queriam mais. Acima de tudo, queriam – ou melhor, precisavam – lançar fora o jugo da lei feudal numa sociedade que realmente já não era feudal. Precisavam deitar fora o apertado gibão feudal e substituí-lo pelo folgado paletó capitalista. Encontraram a expressão de suas necessidades no campo econômico, nos escritos dos fisiocratas de Adam Smith; e a expressão de suas necessidades, no campo social, nos trabalhos de Voltaire, Diderot e dos enciclopedistas. O laissez-faire no comércio e indústria teve sua contrapartida no ‘domínio da razão’ na religião e na ciência.”
HUBERMAN, Leo. História da Riqueza do Homem. 21ª ed. Rio de Janeiro, Editora Guanabara, 1986, p. 149.
Essa Burguesia, descrita por Leo Huberman, foi responsável por uma das principais transformações políticas e sociais, que teve um impacto duradouro na história do país onde ocorreu e, mais amplamente, em todo o continente europeu. Essa Burguesia está ligada à: