Leia o poema da poetisa portuguesa Florbela Espanca, que foi transformado em canção pelo cantor brasileiro Fagner.
Fanatismo
Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida.
Meus olhos andam cegos de te ver.
Não és sequer razão do meu viver
Pois que tu és já toda a minha vida!
Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No mist’rioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!...
“Tudo no mundo é frágil, tudo passa...?”
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!
E, olhos postos em ti, digo de rastros:
“Ah! podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: princípio e fim!...”
ESPANCA, Florbela. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bi000147.pdf. Acesso em: 28 out. 2018.
Considerando a análise do texto, o gênero textual poema é diferente do gênero letra de música, uma vez que a letra de música sempre pressupõe: