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Leia o poema. Noturno O apito do trem perfura a noite.
As paredes do quarto se encolhem.
O mundo fica mais vasto. Tantos livros para ler
tantas ruas por andar
tantas mulheres a possuir... Quando chega a madrugada
o adolescente adormece por fim
certo de que o dia vai nascer especialmente para ele. PAES, José Paulo. Noturno. In: Prosas seguidas de Odes mínimas. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
Na segunda estrofe do poema, os versos começam de forma similar. Essa repetição de termos sugere que