Para muitos norte-americanos, Vietnã é o nome de uma guerra, não de um país. Os vietnamitas parecem figuras sombrias, sem nome nem rosto, vítimas desamparadas ou agressores cruéis. A história começa apenas quando os Estados Unidos entram em cena.
(Adaptado de Marvin E. Gettleman et. alli (Ed.), Vietnam and America: a documented history. New York: Grove Press, 1995, p. xiii.)
Esse desconhecimento dos norte-americanos quanto a seus adversários na Guerra do Vietnã pode ser relacionado ao fato de os norte-americanos:
Questões relacionadas
- Língua Portuguesa | C. Concordância
(UPE) TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Bruxas não existem
Quando eu era garoto, acreditava em bruxas, mulheres malvadas que passavam o tempo todo maquinando coisas perversas. Os meus amigos também acreditavam nisso. A prova para nós era uma mulher muito velha, uma solteirona, que morava numa casinha caindo aos pedaços, no fim de nossa rua. Seu nome era Ana Custódio, mas nós só a chamávamos de “bruxa”.
Era muito feia, ela; gorda, enorme, os cabelos pareciam palha, o nariz era comprido, ela tinha uma enorme verruga no queixo. E estava sempre falando sozinha. Nunca tínhamos entrado na casa, mas tínhamos a certeza de que, se fizéssemos isso, nós a encontraríamos preparando venenos num grande caldeirão.
Nossa diversão predileta era incomodá-la. Volta e meia invadíamos o pequeno pátio para dali roubar frutas e quando, por acaso, a velha saía à rua para fazer compras no pequeno armazém ali perto, corríamos atrás dela gritando “bruxa, bruxa!”.
Um dia encontramos, no meio da rua, um bode morto. A quem pertencera esse animal, nós não sabíamos, mas logo descobrimos o que fazer com ele: jogá-lo na casa da bruxa. O que seria fácil. Ao contrário do que sempre acontecia, naquela manhã, e talvez por esquecimento, ela deixara aberta a janela da frente. Sob comando do João Pedro, que era o nosso líder, levantamos o bicho, que era grande e pesava bastante, e com muito esforço nós o levamos até a janela. Tentamos empurrá-lo para dentro, mas aí os chifres ficaram presos na cortina.
– Vamos logo – gritava o João Pedro –, antes que a bruxa apareça. E ela apareceu. No momento exato em que, finalmente, conseguíamos introduzir o bode pela janela, a porta se abriu e ali estava ela, a bruxa, empunhando um cabo de vassoura. Rindo, saímos correndo. Eu, gordinho, era o último.
E então aconteceu. De repente, enfiei o pé num buraco e caí. De imediato senti uma dor terrível na perna e não tive dúvida: estava quebrada. Gemendo, tentei me levantar, mas não consegui. E a bruxa, caminhando com dificuldade, mas com o cabo de vassoura na mão, aproximava-se. Àquela altura a turma estava longe, ninguém poderia me ajudar. E a mulher sem dúvida descarregaria em mim sua fúria.
Em um momento, ela estava junto a mim, transtornada de raiva. Mas aí viu a minha perna, e instantaneamente mudou. Agachou-se junto a mim e começou a examiná-la com uma habilidade surpreendente.
– Está quebrada – disse por fim. – Mas podemos dar um jeito. Não se preocupe, sei fazer isso. Fui enfermeira muitos anos, trabalhei em hospital. Confie em mim.
Dividiu o cabo de vassoura em três pedaços e com eles, e com seu cinto de pano, improvisou uma tala, imobilizando-me a perna. A dor diminuiu muito e, amparado nela, fui até minha casa. “Chame uma ambulância”, disse a mulher à minha mãe. Sorriu.
Tudo ficou bem. Levaram-me para o hospital, o médico engessou minha perna e em poucas semanas eu estava recuperado. Desde então, deixei de acreditar em bruxas. E tornei-me grande amigo de uma senhora que morava em minha rua, uma senhora muito boa que se chamava Ana Custódio.
Moacyr Scliar. Disponível em: http://novaescola.org.br/fundamental-1/bruxas-nao-existem-689866.shtml.
Acesso em: 11/07/2016.
Considerando alguns dos aspectos formais do texto “Bruxas não existem”, analise as proposições a seguir.
- Biologia | 3.1 Água e Sais Minerais
(UPE) Retirantes (1944) é uma pintura de Cândido Portinari, que retrata corpos muito magros de emigrantes nordestinos fugindo da seca do sertão e de suas sequelas sociais, entre elas, a fome e desnutrição. Em portadores de distúrbios alimentares, outros fatores de ordem social podem levar às mesmas consequências, embora por diferentes causas, dentre elas a distorção da imagem corporal. Na tela, Portinari retrata o que vê e interpreta. No espelho, uma adolescente com distúrbios alimentares, de certo modo, faz o mesmo.
Sobre os distúrbios alimentares e sua relação com a desnutrição, analise as afirmativas a seguir:
I. Na anorexia, o paciente chega a ficar severamente desidratado, ocorrendo a perda de íons, como o sódio, o potássio e o cálcio, importantes para a manutenção do equilíbrio hídrico e iônico e o funcionamento das células musculares, por exemplo.
II. Na bulimia, pacientes exibem compulsão alimentar e comportamentos compensatórios à alta ingestão de alimentos, como vômitos, uso indevido de laxantes, diuréticos, polivitamínicos e anabolizantes.
III. Na anorexia e na bulimia, os pacientes praticam jejum e exercícios intensos, além de provocarem vômito.
IV. Os pacientes estão em estado de desnutrição, o que pode acarretar um baixo rendimento escolar e, com a progressão dos sintomas da anorexia e da bulimia, podem chegar a óbito.
V. Para o tratamento da anorexia e da bulimia, é necessária a ação de uma equipe multiprofissional a fim de ser feita uma abordagem ampla dos distúrbios, que envolve o uso de medicamentos, acompanhamentos nutricional e psicológico por causa dos transtornos relacionados à imagem corporal.
Estão CORRETAS apenas
- Língua Espanhola | 1. Interpretação de Textos
La sociedad en red y sus contradicciones
[1] La difusión y el desarrollo de los sistemas
tecnológicos han cambiado la base material de nuestras vidas,
por tanto la vida misma, en todos sus aspectos: en cómo
[4] producimos, cómo y en qué trabajamos, cómo y qué
consumimos, cómo nos educamos, cómo nos
informamos-entretenemos, cómo vendemos, cómo
[7] nos arruinamos, cómo gobernamos, cómo hacemos la guerra y
la paz, cómo nacemos y cómo morimos, y quién manda, quién
se enriquece, quién explota, quién sufre y quién se margina.
[10] Las nuevas tecnologías de información no determinan lo que
pasa en la sociedad, pero cambian tan profundamente las reglas
del juego que debemos aprender de nuevo, colectivamente,
[13] cuál es nuestra nueva realidad, o sufriremos, individualmente,
el control de los pocos (países o personas) que conozcan los
códigos de acceso a las fuentes de saber y poder.
[16] La economía de la sociedad de la información es
global. Pero no todo es global, sino las actividades
estratégicamente decisivas: el capital que circula sin cesar en
[19] los circuitos electrónicos, la información comercial, las
tecnologías más avanzadas, las mercancías competitivas en los
mercados mundiales, y los altos ejecutivos y tecnólogos. Al
[22] mismo tiempo, la mayoría de la gente sigue siendo local, de su
país, de su barrio, y esta diferencia fundamental entre la
globalidad de la riqueza y el poder y la localidad de la
[25] Experiencia personal crea un abismo de comprensión entre
personas, empresas e instituciones.
Por ello es a la vez la sociedad de las proezas
[28] Tecnológicas y médicas y de la marginación de amplios sectores
de la población, irrelevantes para el nuevo sistema, por ello no
podemos desarrollar su dimensión creativa y escapar a sus
[31] Efectos potencialmente devastadores sin afrontar
colectivamente quiénes somos y qué queremos. Lo que tal vez
debiéramos plantearnos es cómo reequilibrar nuestro
[34] Superdesarrollo tecnológico y nuestro subdesarrollo social.
Manuel Castells. Internet: (con adaptaciones).
En conformidad con las ideas del texto, juzgue lo ítem siguiente.
Es correcto inferir que las nuevas tecnologías de la información no influencian lo que pasa en la sociedad
- Língua Portuguesa - Fundamental | 02. Semântica
Texto base: Leia o texto a seguir, a respeito de uma famosa frase dita pelo escritor Mia Couto, para responder.
Enunciado:
- História - Fundamental | 01. A Primeira República no Brasil
exto base: Leia os fragmentos abaixo e as afirmativas a respeito deles. O inimigo é a grande justificativa do terror; o Estado totalitário não pode viver sem inimigos. Se lhe faltam, ele os inventará. Uma vez identificados não contarão com nenhuma piedade. TODOROV, Tzvetan. O homem desenraizado. Rio de Janeiro: Record, 1999. p. 36. Como somos judeus, emigramos para a Holanda em 1933 [...] O resto da família, no entanto, sofreu em cheio o impacto das leis antissemitas de Hitler, e a vida se encheu de angústias. [...] Surgiram decretos antissemitas, uns após outros, em rápida sucessão. Os judeus tinham que entregar as bicicletas, os judeus não podiam andar de bonde, os judeus ficavam proibidos de dirigir automóveis. Os judeus só podiam fazer compras das três às cinco horas e só em lojas que tivessem placa dizendo “casa israelita”. FRANK, Anne. Diário de uma jovem. São Paulo: Mérito, p. 14.
Enunciado:
I. Os regimes totalitários precisam de “inimigos” porque esta é uma forma de justificar os métodos de perseguição e terror e “culpar” alguém ou um grupo pelos problemas do país.
II. Os principais inimigos internos “escolhidos” por Hitler, na Alemanha, foram os judeus e os comunistas.
III. O “Diário de Anne Frank” é um testemunho da perseguição nazista sobre os judeus, apontados como um dos “inimigos” da Alemanha.
São corretas as afirmativas: