Asa Branca é uma das grandes canções da música popular brasileira do século passado. Leia-a e faça uma viagem no tempo.
Asa branca
Quando oiêi a terra ardendo
Quá foguêra de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Pru que tamanha judiação?
Que brasero, que fornáia
Nenhum pé de prantação
Por farta d’água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Inté mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Entonce eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Hoje longe muitas léguas
Numa triste solidão
Espero a chuva caí de novo
Pra mim vortá pro meu sertão
Quando o verde dos teus óios
Se espaiá na prantação
Eu te asseguro, num chore não, viu
Que eu voltarei, viu, meu coração.
GONZAGA, Luiz; TEIXEIRA, Humberto. Asa Branca. Intérprete: Elba Ramalho. O doutor do Baião.
Rio de Janeiro, ago. 2002. Gravado no Teatro Rival Br.
A variedade linguística usada no texto é decorrente