(CEFET-MG) Entre o final da Segunda Guerra Mundial e o final da década de 1960, o número de Estados internacionalmente reconhecidos na Ásia quintuplicou. Na África, onde havia um país independente em 1939, agora eram cerca de cinquenta. O mapa do globo transformou- se de modo impressionante nesse período.
O fenômeno descrito pode ser explicado pela(o):
Questões relacionadas
- Matemática | 2.1 Conjuntos
No colégio municipal, em uma turma com 40 alunos, 14 gostam de Matemática, 16 gostam de Física, 12 gostam de Química, 7 gostam de Matemática e Física, 8 gostam de Física e Química, 5 gostam de Matemática e Química e 4 gostam das três matérias. Nessa turma, o número de alunos que não gostam de nenhuma das três disciplinas é
- História - Fundamental | 05.3. Registros da história: a nossa cultura
a) Quais foram as principais melhorias ocorridas no Rio de Janeiro com a instalação da família a) Quais foram as principais melhorias ocorridas no Rio de Janeiro com a instalação da família
- Literatura | 5.2 Modernismo
(ENEM 2009 2ªAPLICAÇÃO) Resolvo-me a contar, depois de muita hesitação, casos passados há dez anos — e, antes de começar, digo os motivos por que silenciei e por que me decido. Não conservo notas: algumas que tomei foram inutilizadas e, assim, com o decorrer do tempo, ia-me parecendo cada dia mais difícil, quase impossível, redigir esta narrativa. Além disso, julgando a matéria superior às minhas forças, esperei que outros mais aptos se ocupassem dela. Não vai aqui falsa modéstia, como adiante se verá. Também me afligiu a idéia de jogar no papel criaturas vivas, sem disfarces, com os nomes que têm no registro civil. Repugnava-me deformá-las, dar-lhes pseudônimo, fazer do livro uma espécie de romance; mas teria eu o direito de utilizá-las em história presumivelmente verdadeira? Que diriam elas se se vissem impressas, realizando atos esquecidos, repetindo palavras contestáveis e obliteradas?
RAMOS, Graciliano. Memórias do cárcere. Rio de Janeiro: Record, 2000, v.1, p. 33.
Em relação ao seu contexto literário e sócio-histórico, esse fragmento da obra Memórias do Cárcere, do escritor Graciliano Ramos,
- História | 2.3 Segundo Reinado
(FUVEST 2016 1° FASE) Na Belle Époque brasileira, que difusamente coincidiu com a transição para o regime republicano, surgiram aquelas perguntas cruciais, envoltas no oxigênio mental da época, muitas das quais, contudo, nos incomodam até hoje: como construir uma nação se não tínhamos uma população definida ou um tipo definido? Frente àquele amálgama de passado e futuro, alimentado e realimentado pela República, quem era o brasileiro? (...) Inúmeras tentativas de respostas a todas estas questões mobilizaram os intelectuais brasileiros durante várias décadas.
Elias Thomé Saliba. Raízes do riso. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
Entre as tentativas de responder, durante a Belle Époque brasileira, às dúvidas mencionadas no texto, é correto incluir
- Língua Portuguesa | 1. Interpretação de Textos
(IFSUL) O sequestro das palavras
Gregório Duvivier
Vamos supor 1que toda palavra tenha uma vocação primeira. A palavra mudança, por exemplo, nasceu filha da transformação e da troca, e desde pequena 2servia para descrever o processo de mutação de uma coisa em outra
coisa que não deixou de ser, na essência, a mesma coisa 3– quando a coisa é trocada por outra coisa, não é mudança, é substituição. A palavra justiça, por exemplo, brotou do casamento dos direitos com a igualdade (sim, foi
um ménage): 4servia para tornar igual aquilo que tinha o direito de ser igual 5mas não estava sendo tratado como tal.
6No entanto as palavras cresceram. E, assim como as 7pessoas, 8foram sendo contaminadas pelo mundo __________ sua volta. As palavras, 9coitadas, não sabem escolher amizade, não sabem dizer não. A liberdade, por
exemplo, é dessas palavras que só dizem sim. Não nasceu de ninguém. Nasceu contra tudo: a prisão, a dependência, o poder, o dinheiro 10– mas não se espante se você vir __________ liberdade vendendo absorvente,
desodorante, cartão de crédito, empréstimo de banco. A publicidade vive disso: dobrar as melhores palavras sem pagar direito de imagem. Assim, você 11verá as palavras ecologia e esporte juntarem-12se numa só para criar o
EcoSport 13– existe algo menos ecológico ou esportivo que um carro14? Pobres palavras. Não 15tem advogados. Não precisam assinar termos de autorização de imagem. Estão aí, na praça, gratuitas.
Nem todos aceitam que as palavras 16sejam sequestradas ao bel-prazer do usuário. A 17política é o campo de guerra onde se 18disputa a posse das palavras. A “ética”, filha do caráter com a moral, transita de um lado para o
outro dos conflitos, assim como a Alsácia-Lorena, e não sem guerras sanguinárias. Com um revólver na cabeça, é obrigada __________ endossar os seres mais amorais e sem caráter. A palavra mudança, que sempre andou com
__________ esquerdas, foi sequestrada pelos setores mais conservadores da sociedade 19– que fingem querer mudar, quando o que querem é trocar 20(para que não se mude mais). 21A Justiça, coitada, foi cooptada por quem
atropela direitos e desconhece a igualdade, confundindo-a o tempo todo com seu primo, o justiçamento, filho do preconceito com o ódio.
Já a palavra impeachment, recém-nascida, filha da democracia com a mudança, 22está escondida num porão: 23emprestaram suas 24roupas __________ palavra golpe, que desfila por aí usando seu nome e seus documentos.
Enquanto isso, a palavra jornalismo, coitada, agoniza na UTI. As palavras não lutam sozinhas. É preciso lutar por elas.
Texto publicado em 21 mar. 2016. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/gregorioduvivier/2016/03/1752170-o-sequestro-das-palavras.shtml. Acesso em: 06 abr. 2016.
Quanto ao emprego dos verbos no texto “O sequestro das palavras”, é correto afirmar que: