Como a imprensa deve noticiar episódios violentos? Que imagens e informações devem vir a público? Como tratar os assassinos e publicar seu perfil? Divulgar ou não fotos e imagens do massacre?
Difícil, a meu ver, encontrar justificativa para publicar a imagem dos assassinos mortos ensanguentados. É simples traçar paralelo com outras decisões jornalísticas de não publicar corpos em situações que causam repulsa e horror. Grupos estudiosos e de apoio a vítimas de massacre defendem que se restrinja a visibilidade dos autores desses tipos de crime, dando poucos detalhes dos métodos utilizados e evitando publicidade às mensagens deixadas como espécie de testamento.
Existem recomendações restritivas para casos como suicídio e sequestro, por exemplo. Defendo direito à publicação do máximo possível de informações relevantes. Ressalte-se: relevantes. Não defendo publicar tudo a qualquer preço, em busca de audiência e espetacularização. Não se trata, claro, de não noticiar massacres. O desafio é descobrir como equilibrar o interesse público em um tiroteio em massa com o interesse público em reduzir o crime de imitação.
COSTA, P. C. Folha de S.Paulo. 17 mar. 2019. [Fragmento]
No texto, a articulista discute a responsabilidade jornalística na cobertura de massacres e mortes violentas. Dos trechos a seguir, aquele que apresenta marcas informativas, por meio de seus modalizadores, é: