Assinale a alternativa incorreta quanto às glândulas endócrinas e aos seus hormônios.
Questões relacionadas
- História | 3. República
A carteira profissional Por menos que pareça e por mais trabalho que dê ao interessado, a carteira profissional é um documento indispensável à proteção do trabalhador. Elemento de qualificação civil e de habilitação profissional, a carteira representa também título originário para a colocação, para a inscrição sindical e, ainda, um instrumento prático do contrato individual de trabalho.
A carteira, pelos lançamentos que recebe, configura a história de uma vida. Quem a examina logo verá se o portador é um temperamento aquietado ou versátil; se ama a profissão escolhida ou ainda não encontrou a própria vocação; se andou de fábrica em fábrica, como uma abelha, ou permaneceu no mesmo estabelecimento, subindo a escala profissional. Pode ser um padrão de honra. Pode ser uma advertência.
ALEXANDRE MARCONDES FILHO Texto impresso nas Carteiras de Trabalho e Previdência Social.
Alexandre Marcondes Filho foi ministro do trabalho do governo de Getúlio Vargas, entre 1941 e 1945. Seu texto, impresso nas carteiras de trabalho, reflete as políticas públicas referentes à legislação social que vinha sendo implementada naquela época.
Duas características dessa legislação estão indicadas em:
- História | 3.2 Era Vargas
No Brasil, o Estado Novo, implantado por Getúlio Vargas em 1937, não passou de um arremedo do regime fascista italiano, adaptado à mentalidade coronelística dos setores dominantes. Antiliberal e antidemocrático, o governo manteve os partidos políticos afastados do centro das decisões políticas. Os sindicatos e as organizações de trabalhadores ficaram atrelados ao Estado, cujo condutor-chefe era o próprio Getúlio Vargas, o “pai dos pobres”. Ele chegou ao poder nesse contexto de afirmação e conflitos de Estados-nação com ideologias nacionalistas radicais, sobretudo Estados-nação de origem recente, como a Itália e a Alemanha, unificados somente na segunda metade do século XIX. Em tal contexto, redefiniam-se o próprio capitalismo e as democracias liberais, e o “socialismo real” se enraizava na União Soviética. O desfecho tornara-se inevitável: como a opção varguista, estribada no regime ditatorial, voltara-se para as potências do Eixo, as oposições liberal-democratas e de esquerda uniram-se e, em 1945, puseram fim ao Estado Novo.
Adriana Lopez e Carlos Guilherme Mota. História do Brasil: uma interpretação. São Paulo: Senac, 2008, p. 651.
Acerca da contextualização histórica que o texto propõe como explicação do passado, julgue o item.
Na liderança política afinada com a ideologia do Estado Novo, mesclavam-se a experiência do coronelismo e as concepções corporativistas em voga na Itália, na primeira metade do século XX, o que reforçou o papel central do presidente.
- História | 3.2 Era Vargas
Durante o Estado Novo, os encarregados da propaganda procuraram aperfeiçoar-se na arte da empolgação e envolvimento das “multidões” através das mensagens políticas. Nesse tipo de discurso, o significado das palavras importa pouco, pois, como declarou Goebbels, “não falamos para dizer alguma coisa, mas para obter determinado efeito”.
CAPELATO, M. H. Propaganda política e controle dos meios de comunicação. In: PANDOLFI. D. (Org.).
Repensando o Estado Novo. Rio de Janeiro: FGV. 1999.
O controle sobre os meios de comunicação foi uma marca do Estado Novo, sendo fundamental à propaganda política, na medida em que visava
- Ciências - Fundamental | Não Possui Tópico Definido
Roberto fez um exame de sangue a pedido de seu médico. O resultado foi reproduzido abaixo:
De acordo com o resultado do teste com seus conhecimentos, os sintomas prováveis que levaram Roberto ao médico foram
- Língua Portuguesa - Fundamental | 4.06 Artigo de Opinião
O CÓDIGO SECRETO
René Goscinny
Vocês já imaginaram que falar com os colegas na classe é muito difícil e toda hora ficam atrapalhando a gente? É claro que dá para falar com o colega que está sentado ao lado; mas mesmo que a gente tente falar baixinho, a professora escuta e diz: “Já que você está com tanta vontade de falar, venha até o quadro, vamos ver se você continua tão tagarela!” Ela faz perguntas e isso complica tudo. Também dá para mandar papeizinhos onde a gente escreve o que tem vontade de dizer; mas aí também a professora quase sempre vê o papel passar e manda a gente levar na mesa dela, e depois leva para o diretor. Como estava escrito “O Rufino é burro, passe” ou “O Eudes é feio, passe”, o diretor diz que isso vai deixar muito tristes os seus pais, que se matam para você ser bem educado e deixa a gente de castigo depois da aula!
Foi por isso que no primeiro recreio de hoje de manhã nós achamos incrível a ideia do Godofredo.
-Inventei um código formidável – o Godofredo disse. – É um código secreto que só a gente da turma vai entender.
Ele mostrou para nós: para cada letra a gente faz um gesto. Por exemplo: o dedo no nariz é a letra “a”, o dedo no olho esquerdo é o “b”. Tem gestos diferentes para todas as letras: a gente coça a orelha, esfrega o queixo, dá tapas na testa, e assim até “z”, quando a gente fica vesgo. Fantástico!
O Clotário não estava concordando muito; ele disse que para ele o alfabeto já era um código secreto e que, em vez de aprender ortografia para conversar com os colegas, ele preferia esperar a hora do recreio para dizer o que ele queria. O Agnaldo, é claro, não quer nem saber do nosso código secreto. Como ele é o primeiro e o queridinho da professora, ele prefere ficar escutando a professora na classe e ser interrogado. O Agnaldo é doido!
Mas todos os outros, nós achamos muito legal o código. E, além disso, um código secreto é muito útil. Quando a gente está brigando com inimigos, a gente pode se dizer uma porção de coisas, e eles não compreendem nada e quem ganha somos nós.
Então nós pedimos para o Godofredo ensinar para a gente o código dele. Nós ficamos todos em volta do Godofredo e ele disse pra gente fazer que nem ele. Ele tocou o nariz como dedo e nós todos tocamos os nossos narizes como dedo; ele pôs o dedo no olho e nós todos pusemos o dedo no olho. Foi quando nós todos estávamos fazendo que nem vesgos que o Sr. Moscadassopa, o novo inspetor de alunos, chegou.
-Escutem – ele disse. – Não perguntar o que vocês estão tramando com essas suas caretas. Eu só vou dizer que se vocês continuarem eu deixo todos de castigo na folga de quinta-feira à tarde. Entenderam?
E ele foi embora.
Tocou o sinal de fim do recreio. Ficamos em fila e o Godofredo disse:
-Na classe, eu vou mandar uma mensagem para vocês, e no próximo recreio a gente vê quem entendeu. Já vou avisando, para fazer parte da turma tem que conhecer o código secreto!
-Ah, tá bom – o Clotário falou – então o senhor decidiu que se eu não conheço o seu código não sirvo para nada, não faço mais parte da turma! Tá bom!
Na classe, a professora mandou a gente tirar os cadernos e copiar os problemas que ela ia escrever no quadro, para a gente fazer em casa. (...) Depois, enquanto a professora escrevia no quadro, todo o mundo se virou para o Godofredo e ficamos esperando ele começar a mensagem. Então o Godofredo começou a fazer gestos. Não era mesmo muito fácil de entender, porque ele fazia muito rápido e depois ele parava para escrever no caderno. Como a gente estava olhando para ele, ele começava a fazer gestos e ele ficava muito engraçado pondo os dedos nas orelhas e dando tapas na testa.
A mensagem do Godofredo estava comprida demais e era muito chato porque nós não podíamos copiar os problemas. A gente tinha medo de perder as letras da mensagem e de não entender mais nada e então a gente tinha que ficar olhando o tempo todo para o Godofredo que senta atrás, no fundo da sala. Depois o Godofredo fez “i” coçando a cabeça, “t” mostrando a língua, arregalou os olhos e parou. Todo mundo se virou e viu que a professora não estava mais escrevendo e estava olhando para o Godofredo.
-Pois é, Godofredo – a professora falou. – Eu estou como os seus colegas, vendo você a fazer as suas micagens. Mas já durou tempo demais, não é? Agora, você vai para o canto de castigo e não vai sair para o recreio, e para amanhã vai escrever 100 vezes “Não devo bancar o palhaço na aula e distrair a atenção de meus colegas, impedindo-os de trabalhar”.
Nos não tínhamos entendido nada da mensagem. Então, na saída, a gente esperou o Godofredo, e quando ele chegou, nós vimos que ele estava louco da vida.
-O que é que você estava dizendo na aula? – eu perguntei.
-Não enche! – o Godofredo gritou. – E depois, o código secreto acabou! Aliás, eu não falo mais com vocês, tá?
Foi no dia seguinte que o Godofredo nos explicou a mensagem. Ele tinha dito: “Não fiquem me olhando desse jeito senão a professora vai me pegar.”
(Fonte: Revista Ciência Hoje das Crianças – ano 18 – nº 154 – janeiro/fevereiro de 2005. Adaptação.)
Em sua opinião, o Godofredo tinha razão em ficar bravo com os colegas? Explique seu ponto de vista.