Leia o texto a seguir
É evidente que eleição não é mágica para salvar o país afundado na pior crise de sua história. (...) todos sabem, e o trabalhador sabe melhor ainda, que eleição, por si só, não resolve o desemprego, não paga a dívida externa, não fulmina a corrupção, não extirpa a miséria. Por que, então a conquista das eleições transformou-se, com prioridade, em bandeira do movimento popular? (...)
A eleição direta é, sempre, um exercício democrático que garante a participação popular. O povo está consciente de que a escolha de seus governantes é um direito seu, e quer exercê-lo. E, embora saiba que não significará, de imediato, a plena democratização do país – como seria uma efetiva extensão da cidadania às classes populares, incluído o voto ao analfabeto – sabe que eleição direta é um passo decisivo para a superação desse regime. Para os trabalhadores a crise não consiste apenas no drástico agravamento de suas condições de vida, mas também na sua desmobilização como força social e política.
BENEVIDES, M. Victoria. Presidente, quem escolhe é a gente. Folha de São Paulo, 27 nov. 1983. Disponível em:<http://acervo.folha.com.br/ >. Acesso em: 22 jul. 2013.
Durante a Campanha Diretas Já, a socióloga Maria Victoria Benevides usou a imprensa para mostrar a importância das eleições diretas no Brasil. A socióloga argumenta que