Leia o texto para responder às questões A cumbuca de ouro e os marimbondos Havia dois homens, um rico e outro pobre, que gostavam de fazer peças um ao outro. Foi o compadre pobre à casa do rico pedir um pedaço de terra para fazer uma roça. O rico, para fazer peça ao outro, lhe deu a pior terra que tinha. Logo que o pobre teve o sim, foi para casa dizer à mulher, e foram ambos ver o terreno. Chegando lá nas matas, o marido viu uma cumbuca de ouro, e, como era em terras do compadre rico, o pobre não a quis levar para casa, e foi dizer ao outro que em suas matas havia aquela riqueza. O rico ficou logo todo agitado, e não quis que o compadre trabalhasse mais nas suas terras. Quando o pobre se retirou, o outro largou-se com a sua mulher para as matas a ver a grande riqueza. Chegando lá, o que achou foi uma grande casa de marimbondos; meteu-a numa mochila e tomou o caminho do mocambo do pobre, e logo que o avistou, foi gritando: — Ó, compadre! Fecha as portas, e deixa somente uma banda da janela aberta! O compadre assim fez, e o rico, chegando perto da janela, atirou a casa de marimbondos dentro da casa do amigo e gritou: — Fecha a janela, compadre! Mas os marimbondos bateram no chão, transformaram-se em moedas de ouro, e o pobre chamou a mulher e os filhos para as ajuntar. O ricaço gritava então: — Ó, compadre, abra a porta! Ao que o outro respondia: — Deixe-me, que os marimbondos estão me matando! E assim ficou o pobre rico, e o rico ridículo. LISBOA, Henriqueta. Literatura oral para a infância e a juventude: lendas, contos & fábulas populares do Brasil. São Paulo: Peirópolis, 2002. p. 125-126. Glossário
Cumbuca – vaso feito de fruto da cuieira, em cuja parte superior se faz um furo.
Mocambo – habitação precária; barraco; casebre.
Releia as seguintes frases retiradas do texto.
I. Ó, compadre!
II. Fecha a janela, compadre!
III. Ó, compadre, abra a porta!
Pode-se considerar como frase nominal