13. A arte dos malabares
As festas open-air realizadas quase que semanalmente pelo país afora estão contribuindo para a popularização de uma arte milenar: o malabarismo. Dia após dia pipocam encontros de pessoas interessadas em aprender novos truques e trocar informações. Em São Paulo, o mais tradicional é o Encontro no Beco, que acontece toda segunda-feira na Vila Madalena. Ali, a mistura é total. Enquanto no som rola de mpb a psytrance, artistas de rua, estudantes e os mais diversos profissionais lançam no ar ao mesmo tempo, muitas bolinhas, claves de fogo e fitas coloridas.
As segundas-feiras deixaram de ser tão chatas. A gente vem, encontra os amigos, um ensina os truques para o outro", diz a estudante de jornalismo Carolina Derivi, que teve contato com o swing poi (um tipo de malabares que utiliza correntes e um peso com fitas coloridas amarradas nas extremidades) há poucos meses. “Fui para a Universo Paralello no final do ano passado e me apaixonei”, conta.
Os motivos do maior interesse pelo malabarismo são vários: desde as apresentações em raves até os benefícios físicos que a brincadeira traz. O fato é que essa é uma arte que vai passando de um praticante para outro, no boca-a-boca. "Eu já ensinei para outras amigas. Elas me veem fazendo e pedem para aprender", conta Ana Carolina, produtora de eventos que frequenta o Beco há dois meses.
Surgido na China, o malabarismo aos poucos foi se espalhando pelo mundo e teve seus conceitos difundidos quando foi incorporado à cultura clubber, justamente por trazer alegria e interação entre os praticantes. Desde a metade dos anos 90 os malabares eram jogados em festas em Londres. Não demorou muito para os brasileiros conhecerem a moda, gostarem da ideia e trazê-la ao país.
Para quem se interessa pelo assunto ou para quem sempre teve vontade de fazer malabares e não sabe como começar, uma passada no Beco pode ser uma boa pedida. O local faz parte de um projeto de revitalização de uma área abandonada e degradada, que se transformou numa verdadeira galeria de arte a céu aberto: nas paredes, um incrível trabalho de grafitagem desenvolvido por integrantes do Projeto Cidade.
Escola Aprendiz.
Ali, uma vez por mês, acontece também o “Circo no Beco”, um espetáculo aberto, que busca promover e difundir a arte circense e a arte de rua. Além dos malabares, são realizadas apresentações de acrobacia, monociclo, trapézio, tecido, perna de pau e outras linguagens artísticas, como teatro, dança, poesia, artes plásticas e música. A organização e a produção têm uma estrutura de funcionamento aberta e horizontal e não conta com nenhum apoio financeiro, apenas o bom e velho chapéu.
Benefícios Físicos
Uma pesquisa realizada pela Universidade de Regensburg, na Alemanha, e publicada na revista científica "Nature" traz uma boa notícia: a prática de malabares pode gerar mudanças na estrutura cerebral. Os pesquisadores acompanharam um grupo de 12 pessoas que começou a treinar malabares. Após três meses, os pesquisadores descobriram, com uma técnica que mede a concentração do tecido cerebral, que houve um aumento de 3% em duas regiões responsáveis pelo processamento visual das pessoas desse grupo. Nos três meses seguintes, a orientação foi a de que o grupo parasse o treino. Um novo exame mostrou que as regiões haviam voltado quase ao estágio inicial.
Glauco Sabino é jornalista e malabarista.
Matéria gentilmente cedida por www.psyte.com.br
http://menestreis.campogeral.com.br/fotosteatromagico17-07.htm
Converse com a turma sobre o malabares, um tema bastante atual, popular e que chama atenção pela habilidade que requer. Compartilhe com a turma o texto acima, e pergunte aos alunos o que conhecem a respeito, o texto serve para mostrar como a prática do malabares é popular hoje em dia. Mesmo que na sua região não exista uma escola de malabares, pode existir algum grupo, desses que animam festas de aniversário, que poderá ser procurado para enriquecer o conhecimento.
Leve os alunos no laboratório de informática para assistirem a alguns vídeos sobre o tema:
http://www.youtube.com/watch?v=yJI-j6R2KzI&feature=fvwrel
http://www.youtube.com/watch?v=ht-OTK3WBRM&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=fWikEVCT_OI&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=SSlEqqmd09w&feature=related
O malabares requer treino, ensine os alunos a confeccionar as bolinhas de malabares e depois eles poderão treinar em casa em momentos de lazer. Para confeccionar as bolinhas peça aos alunos alpiste, sacola plástica e balões de borracha. Siga as instruções do vídeo do seguinte link:
http://www.youtube.com/watch?v=Du11vYjtydo&feature=related
Depois que todos confeccionarem suas bolinhas e treinarem, marque um dia de brincadeira com os malabares.