Veja a imagem do ataque japonês a Base Naval de Pearl Habor nos Estados Unidos em 1941
“Tora! Tora! Tora!': a temida esquadra americana afunda, em chamas, em águas havaianas”
Fonte: http://veja.abril.com.br/especiais_online/segunda_guerra/edicao004/capa.shtml
O ataque apresentado é importante dentro do contexto da II Guerra Mundial porque:
Questões relacionadas
- Física | 2.4 Gravitação Universal
Em 20 de julho de 1969, Neil Armstrong tornou-se o primeiro homem a pisar na superfície da Lua. Ele foi seguido por Edwin Aldrin, ambos da missão Apollo 11. Eles, e os astronautas que os seguiram, experimentaram a ausência de atmosfera e estavam sujeitos às diferenças gravitacionais. A aceleração da gravidade na Lua tem 1/6 do valor na Terra.
Em relação às condições na Terra, um salto oblíquo na superfície da Lua teria alcance
- Matemática
A função f definida por é uma função bijetora, se os conjuntos que representam o domínio (D(f)) e a imagem (Im(f)) são:
- Geografia | 8. Regionalização
(UERJ)
Faroeste caboclo
− Não tinha medo o tal João de Santo Cristo.
Era o que todos diziam quando ele se perdeu.
Deixou pra trás todo o marasmo da fazenda
(...)
Ele queria sair para ver o mar
E as coisas que ele via na televisão
Juntou dinheiro para poder viajar
De escolha própria, escolheu a solidão
(...)
E encontrou um boiadeiro com quem foi falar
(...)
Dizia ele: − Estou indo pra Brasília
Neste país lugar melhor não há.
(...)
E João aceitou sua proposta
E num ônibus entrou no
Planalto Central
Ele ficou bestificado com a cidade
(...)
E João não conseguiu o que queria quando veio pra
Brasília, com o diabo ter
Ele queria era falar pro presidente
Pra ajudar toda essa gente
Que só faz sofrer.
Renato Russo, “Que país é este?”, EMI, 1987.
O enredo do filme Faroeste caboclo, inspirado na letra da canção de Renato Russo, foi contado muitas vezes na literatura brasileira: o retirante que abandona o sertão em busca de melhores condições de vida.
A existência de retirantes está associada fundamentalmente à seguinte característica da sociedade brasileira:
- Matemática | 3.2 Afim ou 1° Grau
Provedores de conteúdos postam anúncios de empresas em seus websites. O provedor A cobra R$ 0,10 por clique feito no anúncio, além do pagamento de uma taxa de contratação de R$ 50,00. O provedor B cobra uma taxa de contratação por anúncio mais atrativa, no valor de R$ 20,00, mais um valor por clique feito no anúncio. Para um anúncio que receberá 100 cliques, o provedor B fixará uma proposta com um valor a ser cobrado por clique, de modo que venha a receber, pelo menos, o mesmo total que receberia o provedor A. O gerente do provedor B deve avaliar os valores por clique a serem fixados.
O valor mínimo que o gerente do provedor B deverá escolher é
- Língua Portuguesa | A. Estrutura e Formação das Palavras
(UFG) DIÁLOGO DA RELATIVA GRANDEZA
Sentado no monte de lenha, as pernas abertas, os cotovelos nos joelhos, Doril examinava um louva-deus pousado nas costas da mão. Ele queria que o bichinho voasse, ou pulasse, mas o bichinho estava muito à vontade, vai ver que dormindo – ou pensando? Doril tocava-o com a unha do dedo menor e ele nem nada, não dava confiança, parece que nem sentia; se Doril não visse o leve pulsar de fole do pescoço – e só olhando bem é que se via – era capaz de dizer que o pobrezinho estava morto, ou então que era um grilo de brinquedo, desses que as moças pregam no vestido para enfeitar.
Entretido com o louva-deus Doril não viu Diana chegar comendo um marmelo, fruta azeda e enjoada que só serve para ranger os dentes. Ela parou perto do monte de lenha e ficou descascando o marmelo com os dentes mas sem jogar a casca fora, não queria perder nada. Quando ela já tinha comido um bom pedaço da parte de cima e nada de Doril ligar, ela cuspiu fora um pedaço de miolo com semente e falou:
– Está direitinho um macaco em galho de pau.
Doril olhou só com os olhos e revidou:
– Macaco é quem fala. Está até comendo banana.
– Marmelo é banana, besta?
– Não é mais serve.
Ficaram calados, cada um pensando por seu lado. Diana cuspiu mais um caroço.
– Sabe aquele livro de história que o Mirto ganhou?
– Que Mirto, seu. É Milllton. Mania!
– Mas sabe? Eu vou ganhar um igual. Tia Jura vai mindar.
– Não é mindar. É me-dar. Mas não é vantagem.
– Não é vantagem? É muita vantagem.
– Você já não leu o de Milton?
– Li mas quero ter. Pra guardar e ler de novo.
– Vantagem é ganhar outro. Diferente.
– Deferente eu não quero. Pode não ser bom.
– Como foi que você disse? Diz de novo?
– Já disse uma vez, chega.
– Você disse deferente.
– Foi não.
– Foi. Eu ouvi.
– Foi não.
– Foi.
– Foi não.
– Foooi.
Continuariam até um se cansar e tapar os ouvidos para ficar com a última palavra se Diana não tivesse a habilidade de se retirar logo que percebeu a dízima. Com pedacinho final do marmelo entre os dedos, ela chegou-se mais perto do irmão e disse:
– Gi! Matando louva-deus! Olhe o castigo!
– Eu estou matando, estou?
– Está judiando. Ele morre.
– Eu estou judiando?
– Amolar um bicho tão pequenininho é o mesmo que judiar.
Doril não disse mais nada, qualquer coisa que ele dissesse ela aproveitaria para outra acusação. Era difícil tapar a boca de Diana, ô menina renitente. Ele preferiu continuar olhando o louva-deus. Soprou-o de leve, ele encolheu-se e vergou o corpo para o lado do sopro, corno faz uma pessoa na ventania. O louva-deus estava no meio de uma tempestade de vento, dessas que derrubam árvores e arrancam telhados e podem até levantar urna pessoa do chão. Doril era a força que mandava a tempestade e que podia pará-la quando quisesse. Então ele era Deus? Será que as nossas tempestades também são brincadeira? Será que quem manda elas olha para nós como Doril estava olhando para o louva-deus? Será que somos pequenos para ele como um gafanhoto é pequeno para nós, ou menores ainda? De que tamanho, comparando – do de formiga? De piolho de galinha? Qual será o nosso tamanho mesmo, verdadeiro?
Doril pensou, comparando as coisas em volta. Seria engraçado se as pessoas fossem criaturinhas miudinhas, vivendo num mundo miudinho, alumiado por um sol do tamanho de uma rodela de confete.
Diana lambendo os dedos e enxugando no vestido. Qual seria o tamanho certo dela? Um palmo de cabeça, um palmo de peito, palmo e meio de barriga, palmo e meio até o joelho, palmo e meio até o pé... uns seis palmos e meio. Palmo de quem? Gafanhoto pode ter seis palmos e meio também – mas de gafanhoto. Formiga pode ter seis palmos e meio – de formiga. E os bichinhos que existem mas a gente não vê, de tão pequenos? Se tem bichos que a gente não vê, não pode ter bichos que esses que a gente não vê não veem? Onde é que o tamanho dos bichos começa, e onde acaba? Qual é o maior, e qual o menor? Bonito se nós também somos invisíveis para outros bichos muito grandes, tão grandes que os nossos olhos não abarcam? E se a Terra é um bicho grandegrandegrandegrande e nós somos pulgas dele? Mas não pode! Como é que vamos ser invisíveis, se qualquer pessoa tem mais de um metro de tamanho?
Doril olhou o muro, os cafezeiros, as bananeiras, tudo bem maior do que ele, uma bananeira deve ter mais de dois metros...
Aí ele notou que o louva-deus não estava mais na mão. Procurou por perto e achou-o pousado num pau de lenha, numa ponta coberta de musgo. Doril levantou o pau devagarinho, olhou-o de perto e achou que a camada de musgo lembrava um matinho fechado, com certeza cheio de
– Quando é que você vai deixar esse bichinho sossegado?
Tamanho homem!
Doril largou o pau devagarinho no monte, limpou as mãos na roupa.
– Você não sabe qual é o meu tamanho.
Ela olhou-o desconfiada, com medo de dizer uma coisa e cair em alguma armadilha. Doril estava sempre arranjando novidades para atrapalhá-la.
– Você nem sabe qual é o seu tamanho – insistiu ele.
– Então não sei? Já medi e marquei com um carvão atrás da porta da sala. Pode olhar lá, se quiser.
Ele sorriu da esperada ingenuidade.
– Isso não quer dizer nada. Você não sabe o tamanho da marca.
– Sei. Mamãe mediu com a fita de costura. Diz que tem um metro e vinte e tantos.
– Em metro de anão. Ou metro invisível.
Ela olhou-o assustada, desconfiada; e não achando o que responder, desconversou:
– Ih, Doril! Você está bobo hoje!
– Boba é você, que não sabe de nada.
Ela esperou, ele explicou:
– Você não sabe que nós somos invisíveis, de tão pequenos?
– Sei disso não. Invisível é micuim, que a gente sente mas não vê.
– Pois é. Nós somos como micuins.
Diana olhou depressa para ela mesma, depois para Doril.
– Como é que eu vejo eu, vejo você, vejo minha mãe?
– E você pensa que micuim não vê micuim?
Diana franziu a testa, pensando. Doril tinha cada ideia. [...]
– Não pode, Doril. A gente é grande. Olha aí, você é quase da altura desse monte de lenha.
– Está vendo como você não sabe nada? Isso não é um monte de lenha. É um monte de pauzinhos menores do que pau de fósforo.
– Ora sebo, Doril. Pau de fósforo é deste tamanho – ela mostrou dois dedinhos separados, dando tamanho que ela imaginava.
– Isso que você está mostrando não é tamanho de pau de fósforo. Pau de fósforo é quase do seu tamanho.
Diana ficou pensativa, triste por ter diminuído de tamanho de repente. Doril aproveitou para ensinar mais.
– Como você é tapada, Diana. Tudo no mundo é muito pequeno.
O mundo é muito pequeno. – Olhou em volta procurando uma ilustração. – Está vendo aquela jaca? Sabe o tamanho dela?
– Sei sim. Regula com uma melancia.
– Pronto. Não sabe. É do tamanho de cajá.
Diana olhou a jaca já madura em ponto de cair, qualquer dia caía.
– Ah, não pode, Doril. Comparar jaca com cajá?
– Mas é porque você não sabe que cajá não é cajá.
– O que é então?
– É bago de arroz.
Diana olhou em volta aflita, procurando uma prova de que Doril estava errado.
– E coqueiro o que é?
– Coqueiro é pé de salsa.
– E eu?
– Você é formiga de dois pés.
– Se eu sou formiga como é que eu pulo rego d´água?
– Que rego d´água?
– Esse nosso aí.
Doril sacudiu a cabeça, sorrindo.
– Aquilo não é rego d´água. É risquinho no chão, da grossura de um fio de linha.
– E... E aquele morro lá longe?
– Não é morro. Você pensa que é morro porque você é formiga.
Aquilo é um montinho de terra que cabe num carrinho de mão.
Diana olhou-se de alto a baixo, achou-se grande para ser formiga.
– Onde você aprendeu isso?
Ela precisava da garantia de uma autoridade para aceitar a nova ideia.
– Em parte nenhuma. Eu descobri.
Diana deu um riso de zombaria, como quem começa a entender. Tudo aquilo era invenção dele, coisa sem pé nem cabeça. Como a história de recado por pensamento.
A mãe chamou da janela. Doril desceu do monte de lenha, um pau resvalou e feriu-o no tornozelo. Ele ia xingar mas lembrou que pau de fósforo não machuca. A mãe chamou de novo, ele saiu correndo e gritou para trás:
– Quem chegar por último é filho de lesma.
Diana correu também, mais para não ficar sozinha do que para competir. Pularam uma bacia velha, simples tampa de cerveja emborcada no chão. Pularam o fio de linha que Diana tinha pensado que era um rego d´água. Doril tropeçou num balde furado (isto é, um dedal com alça), subiu de um fôlego os dentes do pente que servia de escada para a varanda, e entrou no caixotinho de giz onde eles moravam. A mãe uma formiguinha severa de pano amarrado na cabeça estava esperando na porta com uma colher e um vidro de xarope nas mãos, a colher uma simples casquinha de arroz. Doril abriu a boca, fechou os olhos e engoliu, o borrifo de xarope desceu queimando a garganta de formiga.
VEIGA, J. J. Melhores contos J. J. Veiga. Seleção de J. Aderaldo Castello. 4. ed. São Paulo: Global, 2000. p. 97-102.
No texto, são apresentadas alterações lexicais como as ocorridas em Milton para Mirto, em me-dar para mindar, em diferente para deferente. A passagem de diferente para deferente é marcada por: