Texto base: Leia o texto a seguir. Na verdade, foi uma geração, como eu gosto de dizer, que se trifurcou, no Brasil. Uma parte dela, após o AI-5, quando a ditadura se transformou em ditadura total, foi para a luta armada, para a clandestinidade; outra parte resolveu ir fundo na questão da contracultura, procurando criar um universo à parte, em que fosse possível viver: foram as comunidades rurais, o uso de drogas, sobretudo das alucinógenas, como o LSD. As pessoas passaram a viver juntas em comunidade, pequenas famílias, tentando não ler o jornal, sair daquela realidade, sair daquele bode, como se dizia na época. Foram as pessoas que se tornaram hippies. E houve um terceiro segmento daquela geração, que acabou rapidamente se integrando àquilo que o sistema oferecia. SYRKIS, Alfredo. Os paradoxos de 1968. In: GARCIA, Marco Aurélio; VIEIRA, Maria Alice (Orgs.). Rebeldes e contestadores: 1968 – Brasil, França e Alemanha. 2. ed. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2008. p. 112. (Fragmento) De acordo com o autor do texto, após a instituição do AI-5, a oposição política à ditadura militar brasileira adotou diferentes posturas frente ao regime. Considerando este contexto,
Enunciado:
a) identifique as três principais tendências da atuação da oposição política no Brasil, após o AI-5.
b) analise as principais consequências do AI-5 para o cenário político no Brasil durante a ditadura militar.