Pedro é um aluno da Rede Pitágoras, que reside na cidade do Rio de Janeiro 45º W e pretende pegar um vôo às 06:00 horas de segunda-feira dia 14/06/2010 em direção a sua cidade antípoda. Supondo-se que o tempo de vôo entre as duas cidades é de 10 horas, Pedro irá desembarcar no destino final às: ________
Questões relacionadas
- Língua Portuguesa | 1.2 Percepção das Ideias do Texto
Sobre a origem da poesia
A origem da poesia se confunde com a origem da própria linguagem.
Talvez fizesse mais sentido perguntar quando a linguagem verbal deixou de ser poesia. Ou: qual
a origem do discurso não poético, já que, restituindo laços mais íntimos entre os signos e as
coisas por eles designadas, a poesia aponta para um uso muito primário da linguagem, que
[5] parece anterior ao perfil de sua ocorrência nas conversas, nos jornais, nas aulas, conferências,
discussões, discursos, ensaios ou telefonemas.
Como se ela restituísse, através de um uso específico da língua, a integridade entre nome e coisa
− que o tempo e as culturas do homem civilizado trataram de separar no decorrer da história.
A manifestação do que chamamos de poesia hoje nos sugere mínimos flashbacks de uma possível
[10] infância da linguagem, antes que a representação rompesse seu cordão umbilical, gerando
essas duas metades − significante e significado.
Houve esse tempo? Quando não havia poesia porque a poesia estava em tudo o que se dizia?
Quando o nome da coisa era algo que fazia parte dela, assim como sua cor, seu tamanho, seu
peso? Quando os laços entre os sentidos ainda não se haviam desfeito, então música, poesia,
[15] pensamento, dança, imagem, cheiro, sabor, consistência se conjugavam em experiências
integrais, associadas a utilidades práticas, mágicas, curativas, religiosas, sexuais, guerreiras?
Pode ser que essas suposições tenham algo de utópico, projetado sobre um passado pré-babélico,
tribal, primitivo. Ao mesmo tempo, cada novo poema do futuro que o presente alcança cria, com
sua ocorrência, um pouco desse passado.
[20] Lembro-me de ter lido, certa vez, um comentário de Décio Pignatari, em que ele chamava a
atenção para o fato de, tanto em chinês como em tupi, não existir o verbo ser, enquanto verbo de
ligação. Assim, o ser das coisas ditas se manifestaria nelas próprias (substantivos), não numa
partícula verbal externa a elas, o que faria delas línguas poéticas por natureza, mais propensas
à composição analógica.
[25] Mais perto do senso comum, podemos atentar para como colocam os índios americanos falando,
na maioria dos filmes de cowboy − eles dizem “maçã vermelha”, “água boa”, “cavalo veloz”; em
vez de “a maçã é vermelha”, “essa água é boa”, “aquele cavalo é veloz”. Essa forma mais sintética,
telegráfica, aproxima os nomes da própria existência − como se a fala não estivesse se referindo
àquelas coisas, e sim apresentando-as (ao mesmo tempo em que se apresenta).
[30] No seu estado de língua, no dicionário, as palavras intermedeiam nossa relação com as coisas,
impedindo nosso contato direto com elas. A linguagem poética inverte essa relação, pois, vindo a
se tornar, ela em si, coisa, oferece uma via de acesso sensível mais direto entre nós e o mundo.
(...)
Já perdemos a inocência de uma linguagem plena assim. As palavras se desapegaram das coisas,
assim como os olhos se desapegaram dos ouvidos, ou como a criação se desapegou da vida. Mas
temos esses pequenos oásis − os poemas − contaminando o deserto da referencialidade.
ARNALDO ANTUNES www.arnaldoantunes.com.br
Pode ser que essas suposições tenham algo de utópico, (l. 17)
Neste fragmento, a expressão em destaque é empregada para formar um conhecido recurso da argumentação.
Esse recurso pode ser definido como:
- Física | 2.4 Gravitação Universal
Um planeta orbita em um movimento circular uniforme de período T e raio R, com centro em uma estrela. Se o período do movimento do planeta aumentar para 8T, por qual fator o raio da sua órbita será multiplicado?
- Arte - Fundamental | 06. Artes Visuais Africanas
Sobre a arte africana leia as afirmativas abaixo e assinale a única correta.
- Geografia | 2. Cartografia
O mapa milenar chinês “Yu Gong” fazia uma divisão esquemática de todo o mundo em cinco zonas retilíneas, organizadas de acordo com os quatro pontos cardeais baseados nos ventos. A civilização encontra-se no núcleo da imagem, destacando o domínio imperial. O grau de barbárie aumenta a cada quadrado que se afasta desse núcleo: governantes tributários, as regiões fronteiriças, os bárbaros “aliados” e, finalmente, a zona selvagem, sem cultura, que incluía a Europa.
Adaptado de BROTTON, J. Uma história do mundo em doze mapas. Rio de Janeiro: Zahar, 2014.
Tal como as teorias científicas, as concepções de mundo expressas através da cartografia também são aproximações passíveis de ajustes e revisões.
No texto, a descrição do referencial utilizado para a criação de um mapa milenar chinês aponta para o seguinte aspecto, igualmente presente em documentos cartográficos de outras culturas:
- Língua Portuguesa - Fundamental | 9.01 Texto narrativo
O DIA EM QUE A VARINHA DE CONDÃO DA FADA AURORA DEIXOU DE SER MÁGICA A fada Aurora tinha muito orgulho da sua varinha de condão. Não era para menos: sabe aquela estrelinha na ponta da vara? Era uma estrela de verdade, chamada Dalva! Uma bela noite, depois de milhares de anos juntas, Dalva disse a Aurora que estava com saudade do espaço sideral. A estrelinha queria voltar para junto das suas irmãs, lá no céu. Aurora ficou arrasada. Sem aquela estrela preciosa, a varinha não seria mágica. Aurora ia perder todos os seus poderes. Implorou a Dalva que ficasse. A estrela concordou. Mas a cada dia que passava, Dalva se apagava mais um pouco, tão triste se sentia. Então, uma bela noite, Aurora descolou a estrela de sua varinha de condão. Deu-lhe um beijo e soprou-a delicadamente. Dalva brilhou bem forte para dizer adeus e foi subindo, subindo, bem devagarinho, até sumir no espaço. Pronto! Agora ela não era mais a fada Aurora. Era só Aurora. Guardou o seu vestido de fada no armário, pôs a varinha em cima da cômoda e virou uma moça como outra qualquer. Uma moça sem poderes mágicos. O começo não foi fácil. Estava acostumada a que sua varinha de condão fizesse tudo para ela. Agora, tinha de arrumar a casa, lavar e passar a roupa, cozinhar, cuidar do jardim... A ex-fada chorava muito, achando dura demais aquela nova vida. Quando caía a noite, Aurora se espichava, exausta, numa espreguiçadeira do jardim para ver se enxergava Dalva no céu. Queria lhe pedir que voltasse. Mas as estrelas eram todas iguais e nenhuma piscava para ela. Aurora se levantava e ia para a cama, toda triste. Dias e mais dias, noites e mais noites se passaram. Pouco a pouco Aurora recuperava sua alegria. Descobria a vida dos homens e das mulheres comuns, aprendia a apreciar os prazeres simples da chuva. Dar de comer aos gatos da rua. Ler o jornal tomando um refresco. Já estava quase esquecendo que até outro dia ela tinha sido fada. (...) (LEVY, Didier. Nove novos contos de fadas e de princesas. São Paulo: Companhia das letrinhas, 2004. p. 9-11.)
Enunciado:
O que a varinha de condão da fada Aurora tinha de especial?