PERFORMANCE
O movimento de performance surgiu no início da década de 1960 com o objetivo de acabar com as forças de mercado controladoras da arte e inspirado pelas performances dadaístas existentes há aproximadamente 40 anos. Allan Kaprow, Vito Acconci, Chris Burden e Carolee Schneeman foram alguns dos artistas que criaram os happenings. Essas apresentações ou eventos sem ensaio, onde quase sempre se esperava a participação da plateia, tinham como objetivo romper as fronteiras entre a arte e a vida cotidiana. Na Alemanha, um grupo de artistas internacionais que se autodenominava Fluxus tinha objetivos semelhantes. O Fluxus foi fundado em 1961 pelo artista americano George Maciunas, o americano de origem coreana Nam June Paik e o artista alemão Wolf Vostell. Joseph Beuys, um escultor e artista performático alemão, foi um dos membros mais importantes do Fluxus. Dentro do espírito do dadaísmo, suas demonstrações eram quase sempre intencionalmente absurdas, como a sua sugestão de que o Muro de Berlim deveria ganhar alguns centímetros de altura para ficar mais proporcional, ou a sua tentativa de fundar partidos políticos para os animais. Em How to Explain Pictures to a Dead Hare (1965), Beuys amarrou um pedaço de feltro na sola de um dos pés e um pedaço de metal na outra. Em seguida cobriu a cabeça com uma folha dourada e começou a dar explicações sobre obras de arte a uma lebre morta que embalava nos braços. Por trás desses evidentes absurdos, existiam questões mais sérias, que discutiam quais eram os limites entre a vida e a morte, entre o ser humano e os animais, o racional e o irracional e, finalmente, entre a arte e a plateia.
O pioneiro da arte performática, que nos anos 70 se torna moda mundial, é Allen Kaprow, que cria em 1959 o happening (acontecimento): uma apresentação aparentemente improvisada, em que o artista se vale de imagens, músicas e objetos e incorpora a reação do espectador. Do happening nasce depois a performance, que é planejada e não prevê participação da plateia. Em 1965, por exemplo, Joseph Beuys cobriu o rosto com mel e folhas de ouro, pegou nos braços o cadáver de uma lebre e percorreu uma exposição de pinturas discursando sobre a futilidade da arte diante da tragédia ecológica. Variante da arte performática é a body art (arte do corpo), do francês Yves Klein e do norte-americano Bruce Nauman, que usa o corpo humano, como garotas nuas pintadas de azul que, dançando, se jogam contra telas em branco.
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/arte-na-antiguidade/arte-contemporanea.php
Converse com a turma sobre a arte performática e compartilhe com os alunos o texto Performance.
Proponha que pesquisem sobre o trabalho dos artistas performáticos em livros, revistas, jornais e sites. Abra um espaço para discutirem sobre o que descobriram através das pesquisas e se possível leve os alunos ao laboratório de informática para que possam assistir a alguns vídeos representativos na internet.
Proponha aos alunos que realizem uma performance, podendo ser dividida a turma em três grupos. Sugira como tema a questão ambiental, assim como fez o artista Joseph Beuys em 1959. Atualmente a fonte de inspiração para esse tema certamente é muito maior do que em 1959, pois problemas relacionados com os impactos do consumo excessivo são muitos.
Combine com a turma a realização das performances no horário do recreio, e depois faça com os alunos uma avaliação de como foi encenar a performance e como foi a reação do público presente, assim conferindo se o objetivo do trabalho foi atingido.