1 - Sobre Dürer (pronuncia-se Dirrer), conheça mais acessando: http://tipografos.net/historia/duerer.html e também, em inglês: http://www.albrecht-Dürer .org/biography.html.
2 - Muitos desdobramentos são possíveis a partir da obra desse artista alemão do século XV. Daremos ênfase, aqui, para a relação da luz e da sombra em seu trabalho.
3 - Apresente algumas de suas obras para os alunos:.
DÜRER , Albrecht. Os quatro cavaleiros do Apocalipse. Disponível em: http://www.albrecht-Dürer .org/The-Four-Horsemen-Of-The-Apocalypse.html. Acesso em: 05 set. 2013.
DÜRER , Albrecht. O cavaleiro, a Morte e o Diabo. Disponível em: http://www.albrecht-Dürer .org/The-Knight--Death-And-The-Devil.html. Acesso em: 05 set. 2013.
4 - Aqui uma interpretação das obras:
"A terceira e mais famosa xilogravura da série de ilustrações que Dürer fez sobre o Apocalypse, os “Quatro Cavaleiros”, apresenta uma versão destilada de forma dramática da passagem do livro do Apocalipse (6:1-8): “E eu vi, eis um cavalo branco, e seu cavaleiro tinha um arco e uma coroa que foi dada a ele, e ele saiu vencendo e, para vencer, quando ele abriu o segundo selo, ouviu o segundo ser vivente dizer: ‘Vem!' E saiu outro cavalo, vermelho; a este cavaleiro foi permitido tirar a paz da terra, de modo que os homens se matassem uns aos outros. E foi-lhe dada uma grande espada. Quando abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente dizer: 'Vem!' E olhei, era um cavalo preto, e seu cavaleiro tinha uma balança na mão; [...] Quando abriu o quarto selo, ouvi a voz de o quarto ser vivente dizer: ´Vem!´ Olhei, e eis um cavalo amarelo, e o nome de seu cavaleiro era Morte, e o Hades o seguiu, e foi-lhes dado um grande poder sobre a quarta parte da terra, para matar com a espada, e com fome, e com peste, e com as feras da terra.” Transformando o que era uma imagem relativamente séria e ameaçadora em Bíblias ilustradas anteriormente, Dürer injeta movimento e perigo para este momento de clímax através de sua manipulação sutil da xilogravura. As linhas paralelas através da imagem criam um tom meio básico contra o qual as silhuetas criadas pelo artista se sobrepõem enquanto formas poderosas de quatro cavalos e cavaleiros, da esquerda para a direita, Morte, fome, guerra e peste (ou Pestilence). “Seu volume e forte movimento diagonal reforçam o impacto da imagem, oferecendo uma demonstração eloquente dos efeitos visuais magistrais que Dürer foi capaz de criar neste meio.”
Disponível em: http://www.metmuseum.org/toah/works-of-art/19.73.209. Acesso em: 05 set. 2013.
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"O Cavaleiro, a Morte e o Diabo" descreve um cavaleiro valente a cavalo na frente de um cavaleiro morto e um diabo sorrindo. O diabo está à direita da imagem e estende a mão para o cavaleiro, chamando por ele. A tentação, o comportamento imoral, e os desejos seculares são representados pelo diabo. O animal olha para o cavaleiro com desgosto, assim como o cavaleiro ignora a besta atrás dele e continua. Seu olhar é calmo e composto, postura reta e honesta, e sua armadura é brilhante e sem culpa. Ele carrega a lança de forma passiva, o que sugere que ele pode ser pacífico, confiante e virtuoso. O homem não desvia os olhos de seu objetivo e mantém a cabeça erguida. O cavaleiro representaria alguém presenteado com a corrupção e a tentação, mas corajoso diante da tentação. A montaria do cavaleiro é orgulhosamente o trote para frente em toda a sua glória muscular. Isto pode ser visto como representando nobreza e força. Mantendo o ritmo com o cavaleiro e seu cavalo, está um cão que olha muito alegre. Cães são usados em obras de arte renascentistas como iconografia para o vigilante e leal. O cão pode ser interpretado iconograficamente como a representação do Cavaleiro que vai permanecer fiel à sua causa e suas crenças morais. Na esquerda da imagem está um cadáver de um ex-cavaleiro com uma ampulheta na mão e seu cavalo doente com um crânio sob os pés. Artistas deste período muitas vezes usam a iconografia do crânio em suas pinturas, símbolo da finitude da vida. A ampulheta pode ser interpretada de duas maneiras. A primeira é que o tempo do cadáver acabou como resultado de seu comportamento imoral. A segunda como um lembrete para o bravo cavaleiro de que ele é mortal, por isso deve usar seu tempo com sabedoria. No fundo há um belo castelo que fica no alto de uma colina. É bem possível que este castelo poderia ser interpretado como o reino dos céus.
Disponível em: http://artkid.wordpress.com/2009/03/05/learnaboutalbrecht/. Acesso em: 06 set. 2013.
5 - Amplie as imagens em xerox no tamanho A4 e recorte-as assim:
6 - Entregue aos alunos dois fragmentos pares dos desenhos recortados, assim, por exemplo:
6 - Proponha aos alunos colar uma das partes no caderno deixando espaço para que possam, observando atentamente a outra parte, completar a imagem desenhando com os lápis grafite.
7 - Acredito que o resultado desse trabalho poderá render uma bela exposição.
Observações:
1 - Vocabulário:
- Xilogravura: Xilogravura significa gravura em madeira. É uma antiga técnica, de origem chinesa, em que o artesão utiliza um pedaço de madeira para entalhar um desenho, deixando em relevo a parte que pretende fazer a reprodução. Em seguida, utiliza tinta para pintar a parte em relevo do desenho. Na fase final, é utilizado um tipo de prensa para exercer pressão e revelar a imagem no papel ou outro suporte. Um detalhe importante é que o desenho sai ao contrário do que foi talhado, o que exige um maior trabalho ao artesão no entalhe da matriz. Existem dois tipos de xilogravura: a xilogravura de fio e a xilografia de topo, que se distinguem através da forma como se corta a árvore. Na xilogravura de fio (também conhecida como madeira à veia ou madeira deitada), a árvore é cortada no sentido do crescimento, longitudinal; na xilografia de topo (ou madeira em pé), a árvore é cortada no sentido transversal ao tronco.
Disponível em: http://www.significados.com.br/xilogravura/. Acesso em: 03 set. 2013.
2 - A atividade 1 deste Banco de Atividades poderá ser muito útil como exercício prévio desta atividade 4.