Explicaê

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Leia com atenção os textos e marque a alternativa que destaque o assunto comum aos dois textos.

Texto 1

Até estas remotas alturas, muito ao norte, chega o arrecadador do império dos incas. Os índios quillacingas não têm nada para dar, mas neste vasto reinado todas as comunidades pagam tributos, em espécie ou em tempo de trabalho. Ninguém pode, por mais longe que esteja e por mais pobre que seja, esquecer quem manda. Ao pé do vulcão, o chefe dos quillacingas se adianta e põe um cartucho de bambu nas mãos do enviado de Cuzco. O cartucho está cheio de piolhos vivos.

GALEANO, Eduardo. Memória do fogo (I) — Nascimentos. Porto Alegre: L&PM, 1996, p. 73-74.

Texto 2

Nos adoratórios, ardem os fogos. Ressoam os tambores. Um atrás do outro, os prisioneiros sobem as arquibancadas até a pedra redonda do sacrifício. O sacerdote crava-lhes no peito o punhal de pedra, ergue o coração em uma das mãos e mostra-o ao Sol que brota dos vulcões azuis.]

A que deus oferece o sangue? O Sol o exige, para nascer cada dia e viajar de um horizonte a outro. Mas as impressionantes cerimônias da morte também servem a outro deus, que não aparece nos códices [livros] nem nas canções. Se esse deus não reinasse sobre o mundo, não haveria escravos nem amos, nem vassalos nem colônias […] Os carregadores não atravessariam a imensidão do império asteca em longas filas, levando nas costas toneladas de tributos […] É o deus do Medo, que tem dentes de rato e asas de urubu.

GALEANO, Eduardo. Memória do fogo (I) – Nascimentos. Porto Alegre: L&PM, 1996. p. 80-81.

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