É fácil perceber como a arte dramática ateniense moldou o teatro e o cinema ocidentais. Os gregos antigos foram os primeiros a entender o que gera audiência: a capacidade de o público se identificar com os personagens. Segundo o filósofo Aristóteles (384-322 a.C.), ao experimentar, por meio deles, sentimentos fortes e acontecimentos trágicos, esperava-se que as pessoas purificassem as próprias emoções. Mais importante, as peças faziam a plateia refletir sobre os problemas centrais da condição humana, como a natureza do destino ou conflitos entre a compaixão e a Justiça. Nas tragédias ou na comédia - gênero que tem Aristófanes (446-386 a.C.) como grande representante -, os dramaturgos discutiam temas de interesse da cidade, satirizavam o governo ou até as mazelas da democracia. Tal como na Assembleia, a marca fundamental do teatro ateniense era uma grande liberdade de expressão, esse valor que, afinal, está no coração do Ocidente moderno.
http://historia.abril.com.br/cultura/atenas-berco-ocidente-480651.shtml. Acesso em 5/5/2010
Segundo o texto,