Observe a frase a seguir.
Para ser jornalista é preciso ter uma base cultural considerável e muita prática. Também é preciso muita ética. Há tantos maus jornalistas que quando não têm notícias, as inventam. (Gabriel Garcia Márquez, jornalista e escritor).
Disponível em: <http://criancagenial.blogspot.com.br/2008/03/frases-sobre-imprensa-homenagem-ao-dia.html>. Acesso em 30 abr. 2012.
Na frase, a expressão “Há tantos maus jornalistas...” tem o sentido de
Questões relacionadas
- Língua Portuguesa | 1.08 Figuras de Linguagem
O CONTO A SEGUIR FOI RETIRADO DO LIVRO HORA DE ALIMENTAR SERPENTES, DE MARINA COLASANTI.
PESCANDO NA MARGEM DO RIO
Era um homem muito velho, que cada manhã acordava certo de que aquela seria a última. E porque
seria a última, pegava o caniço, a latinha de iscas, e ia pescar na beira do rio. As poucas pessoas
que ainda se ocupavam dele reclamaram, a princípio. Que aquilo era perigoso, que ficava muito só,que
poderia ter um mal súbito. Depois, considerando que um mal súbito seria solução para vários
[5] problemas, deixaram que fosse, e logo deixaram de reparar quando ia. O velho entrou, assim, na
categoria dos ausentes.
Ausente para os outros, continuava docemente presente para si mesmo.
Ia ao rio com a alma fresca como a manhã. Demorava um pouco a chegar porque seus passos eram
lentos, mas, não tendo pressa alguma, o caminho lhe era só prazer. Não havia nada ali que não
[10] conhecesse, as pedras, as poças, as árvores, e até o sapo que saltava na poça e as aves que cantavam
nos galhos, tudo lhe era familiar. E embora a natureza não se curvasse para cumprimentá-lo, sabia-se
bem-vindo.
O dia escorria mais lento que a água. Quando algum peixe tinha a delicadeza de morder o seu
anzol, ele o limpava ali mesmo, cuidadoso, e o assava sobre um fogo de gravetos. Quando nenhuma
[15] presença esticava a linha do caniço, comia o pão que havia trazido, molhado no rio para não ferir
as gengivas desguarnecidas.
À noite, em casa, ninguém lhe perguntava como havia sido o seu dia.
Fazia-se mais fraco, porém.
E chegou a manhã em que, debruçando-se sobre a água antes mesmo de prender a isca na barbela
[20] afiada, viu faiscar um brilho novo. Apertou as pálpebras para ver melhor, não era um peixe. Movido
pela correnteza, um anzol bem maior do que o seu agitava-se, sem isca. Por mais que se esforçasse,não
conseguiu ver a linha, enxergava cada vez menos. Nem havia qualquer pescador por perto.
O velho não descalçou as sandálias, as pedras da margem eram ásperas.
Entrou na água devagar, evitando escorregar. Não chegou a perceber o frio, o tempo das percepções
havia acabado. Alongou-se na água, mordeu o anzol que havia vindo por ele, e deixou-se levar.
O conto constrói um paradoxo, que está formulado em:
- Língua Portuguesa - Fundamental | Não Possui Tópico Definido
Leia o texto para responder à questão. Que é o átomo? Se você dividir um fio de cobre, desses que servem para as instalações elétricas de sua casa, em partes cada vez menores, obterá, sempre, pedaços de cobre. Até onde obterá cobre? A menor parte de cobre que você pode obter, caso consiga dividir o fio, é chamada de átomo de cobre. O átomo é tão pequeno que você não conseguirá vê-lo. Aristides Pinto Coelho, O que você deve saber sobre a energia nuclear.
Rio de Janeiro: Graphos, 1977, p. 2, adaptado.
Esse trecho se caracteriza como um texto:
- Língua Portuguesa - Fundamental | 8.3 Sujeito
Texto base: Texto para a questão Floripa Floripa era uma tulipa
Era uma tulipa negra:
Alta, magra e negra. Não sei se é verdade, contam
Que ela dormia ao relento,
Na serra habitada de onças. Passam meses, entram meses,
Desapareceu Floripa.
De súbito reaparece
Nos seus largos passos rítmicos. Todos conhecem Floripa.
Floripa só fala com a sombra,
Fala, fala, gesticula,
Entre borboletas e cães. Os vestidos de Floripa
Lembram asas voando.
Negros membros esculpidos
Com planejamentos de onda. Floripa era louca mansa:
Por que será que os meninos
Apedrejavam Floripa? “Floripa”. In: O menino poeta. LISBOA, Henriqueta. São Paulo: Peirópolis, 2008, p. 46.
Enunciado:
O sujeito do verbo em destaque é indeterminado, por não se identificar o ser de quem se fala, no verso:
- História | 6.17 América Latina no Século XX
(FUVEST 2009 1ª FASE) Existem semelhanças entre as ditaduras militares brasileira (1964-1985), argentina (1976-1983), uruguaia (1973-1985) e chilena (1973-1990).
Todas elas
- Língua Portuguesa | 1.2 Percepção das Ideias do Texto
[...] Outras vezes, como naquela manhã, ela brincava com a boneca de pano confeccionada por Emilie. Lembro-me perfeitamente do rosto da boneca; tinha os olhos negros e salientes, umas bochechas de anjo, e se prestasses atenção aos detalhes, verias que apenas as orelhas e a boca estavam sem relevo, pespontadas por uma linha vermelha: artimanha das mãos de Emilie. Soraya nunca largava a boneca; enfeitava-lhe a cabeça com as papoulas que colhia, oferecia-lhe pedaços de frutas, dirigia-lhe os mesmos gestos com a mão, com o rosto, passava-lhe água-de-colônia no corpo, acariciava-lhe os cabelos de palha ou arrancava-os num momento de fúria, montava com ela no dorso das ovelhas e deitavam juntas, abraçadas. Foram dias de exaltação, de descobertas. Soraya, que parecia uma sonâmbula assustada, começou a abstrair; desenhava formas estranhas, geralmente sinuosas, na superfície de pano que cobria a mesa da sala; reproduzia formas idênticas nas paredes, nos mosaicos rugosos que circundavam a fonte, e na carapaça de Sálua onde o nome de Emilie ainda não se apagara.
HATOUM, M. Relato de um certo Oriente. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
O fragmento faz parte do romance Relato de um certo Oriente, lançado em 1989. De acordo com o fragmento, a boneca de pano era