A letra a seguir retrata a realidade secular de parte da população do Nordeste brasileiro.
Quando olhei a terra ardendo
Com a fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Que braseiro, que fornalha
Nem um pé de plantação
Por falta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Até mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Então eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Quando o verde dos teus olhos
Se espalhar na prantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração
GONZAGA, Luiz & TEIXEIRA, Humberto. Asa Branca. In: Luiz Gonzaga – 78 RPM. Rio de Janeiro: RCA Victor, 1947. Lado A. (Fragmento)
A paisagem e as condições de vida da população descritas na letra retratam a sub-região nordestina conhecida como