Leia um texto sobre a importância das histórias contadas nas sociedades africanas do passado.
Antes da chegada dos árabes e dos europeus à África Subsaariana (ao Sul do deserto do Saara) – os primeiros em torno do século X e os demais na metade do século XV –, as sociedades africanas da região não conheciam a escrita. Por isso, todo conhecimento era guardado na memória de “especialistas”, os griôs, que transmitiam o que sabiam a seus sucessores. Eles desempenhavam o papel de guardiões das histórias dos reis e de seus grandes feitos; das migrações dos povos; do passado das famílias, e também das explicações sobre a criação e a organização do mundo.
A arte de memorizar narrativas aprendidas com os mais velhos e de contar histórias, prendendo a atenção da plateia, é muito mais desenvolvida nas comunidades em que a palavra escrita e os livros não têm grande presença e função social. E essa é uma marca das sociedades africanas tradicionais.
BADOE, Adwoa. Histórias de Ananse. São Paulo: Edições SM, 2006. p.89 – 90.
A partir da leitura do texto, pode-se concluir que