Explicaê

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ANO) 11. REVOLUÇÕES E NOVAS TEORIAS POLÍTICAS DO SÉCULO XIX

58. “Os revolucionários aboliram os impostos recém-instituídos por D. João VI e implantaram novos costumes, próprios do sistema republicano: introdução do termo “patriota” e do pronome “vós” nas formas de tratamento, à moda francesa; nova bandeira e garantia de liberdade de consciência e imprensa, mas ficavam proibidos os ataques à Constituição e a religião. Eram assegurados aos cidadãos as garantias e os direitos individuais, como o de propriedade, incluindo a manutenção da escravidão.

Apesar da adesão da Paraíba e do Rio Grande do Norte, o apoio não foi suficiente para manter o movimento revolucionário. A repressão das tropas legalistas (...) pôs fim aos 75 dias da experiência revolucionária. Ocorreram vários fuzilamentos e enforcamentos dos liberais radicais, e medidas políticas foram tomadas por D. João, como o fechamento da Maçonaria (associação caracterizada pelo espírito de fraternidade e que teve expressiva atuação no contexto da independência brasileira) (...).

Ainda que caracterizada por idéias liberais, essa revolução teve caráter conservador, ao propor a manutenção da propriedade e da escravidão. Para a ótica do poder constituído, representou uma séria ameaça à estrutura política e econômica brasileira: a insurreição de Pernambuco poderia se transformar numa república negra, pois o número de negros era muito superior ao de brancos. Liberdade, irmandade e fraternidade eram temas perigosos, mesmo que defendidos pela pequena burguesia letrada, e esse perigo em potencial justificava a repressão violenta ao movimento”  BOTELHO, Ângela Viana; REIS, Liana Maria, Dicionário Histórico Brasil: Colônia e Império. Belo Horizonte: O Autor, 2001. P 298.

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