Leia o texto a seguir.
Primeira aventura de Alexandre
[...] A reza acabou lá dentro, e ouvi a fala de meu pai: - "Vocês não viram por aí o Xandu?" - "Estou aqui, nhor sim, respondi cá de fora" - "Homem, você me dá cabelos brancos, disse meu pai abrindo a porta. Desde ontem sumido!" - "Vossemecê não me mandou procurar a égua pampa?" - "Mandei, tornou o velho. Mas mandei que você dormisse no mato [...].
“E achou o roteiro dela?" - "Roteiro não achei, mas vim montado num bicho. Talvez seja a égua pampa, porque tem malhas. Não sei, nhor não, só se vendo. O que sei é que é bom de verdade: com umas voltas que deu ficou pisando baixo, meio a galope. [...]"
[...] Meu pai, minha mãe, os escravos e meu irmão mais novo [...] foram ver a égua pampa. Foram, mas não entraram no curral: ficaram na porteira, olhando uns para os outros, lesos, de boca aberta. E eu também me admirei, pois não.
Alexandre levantou-se, deu uns passos e esfregou as mãos, parou em frente de mestre Gaudêncio, falando alto, gesticulando: - Tive medo, vi que tinha feito uma doidice. Vossemecês adivinham o que estava amarrado no mourão? Uma onça-pintada, enorme, da altura de um cavalo. Foi por causa das pintas brancas que eu, no escuro, tomei aquela desgraçada pela égua pampa. RAMOS, Graciliano. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/genero-causo-sala-aula-732322.shtml>. Acesso em: 14 nov. 2014. (Fragmento)
Com suas palavras, reconte o texto, explicando o que aconteceu à personagem principal.