Leia os textos 1 e 2 para responder à questão.
Texto 1
Chapeuzinho Vermelho
Era uma vez uma menina que vivia numa aldeia; era a coisa mais linda que se podia imaginar. Sua mãe era louca por ela, e a avó mais louca ainda. A boa velhinha mandou fazer para ela um chapeuzinho vermelho, e esse chapéu assentou-lhe tão bem que a menina passou a ser chamada por todo mundo de Chapeuzinho Vermelho. Um dia, tendo feito alguns bolos, sua mãe disse-lhe: — Vá ver como está passando a sua avó, pois fiquei sabendo que ela está um pouco adoentada. Leve-lhe um bolo e este potezinho da manteiga. Chapeuzinho Vermelho partiu logo para a casa da avó, que morava numa aldeia vizinha. Ao atravessar a floresta, ela encontrou o senhor Lobo, que ficou louco de vontade de comê-la; não ousou fazer isso, porém, por causa da presença de alguns lenhadores na floresta. Perguntou a ela aonde ia, e a pobre menina, que ignorava ser perigoso parar para conversar com um lobo, respondeu: — Vou à casa da minha avó, para levar-lhe um bolo e um potezinho de manteiga que mamãe mandou. [...] PERRAULT, Charles. Chapeuzinho Vermelho. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me001614.pdf. Acesso em: 29 abr. 2019.
Texto 2
Fita verde no cabelo
Havia uma aldeia em algum lugar, nem maior e nem menor, com velhos e velhas que velhavam, homens e mulheres que esperavam, e meninos e meninas que nasciam e cresciam. Todos com juízo, suficientemente, menos uma meninazinha [...]. Aquela um dia saiu de lá, com uma fita verde inventada no cabelo. Daí, que, indo, no atravessar do bosque, viu só os lenhadores, mas o lobo nenhum, desconhecido e nem peludo. Pois os lenhadores tinham exterminado o lobo. Então, ela, mesma, era quem se dizia: — Vou à vovó, com cesto e pote, e a fita verde no cabelo, o tanto que a mamãe me mandou. [...] ROSA, João Guimarães. Fita verde no cabelo: nova velha estória. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1992.
O pronome “ela”, destacado no texto 2, em: “Então, ela, mesma, era quem se dizia”, retoma o termo