Persistência Retiniana
O conceito de persistência retiniana é conhecido desde o Antigo Egito e apesar dos trabalhos desenvolvidos por Isaac Newton e o Cavaleiro d'Arcy, só em 1824 é que Peter Mark Roget definiu-o satisfatoriamente como a capacidade que a retina possui para reter a imagem de um objeto por cerca de 1/20 à 1/5 segundos após o seu desaparecimento do campo de visão, ou seja, é a fração de segundo em que a imagem permanece na retina.
Por muito tempo acreditou-se que este fenômeno fisiológico fosse o responsável pela síntese do movimento. Chegou-se a conclusão que ele constitui, aliás, um obstáculo à formação das imagens animadas, pois tende a sobrepô-las na retina, misturando-as entre si. O que salvou o cinema como aparato técnico foi a existência de um intervalo negro entre a projeção de um fotograma para o outro, permitindo atenuar a imagem persistente que ficava retida pelos olhos. O fenômeno da retina explica apenas uma coisa no cinema, que é o fato justamente de não se ver esse intervalo negro.
Texto retirado do site: http://eba.ufmg.br/panorama/genesis/genese01.html
Compartilhe com os alunos o texto acima e debata com eles o assunto. Pergunte a eles quais os movimentos que poderão fazer além de balançar a mão, para perceberem a persistência da retina. Sugira que procurem em revistas e jornais imagens fotográficas que mostrem esse fenômeno. Proponha também que pesquisem como esse efeito é conseguido numa fotografia. Ao pesquisarem certamente descobrirão que o que tem movimento para ser capturado pelo obturador de uma câmera fotográfica deve estar regulado a uma velocidade alta, portanto se for usado, ao contrário, uma velocidade baixa, a imagem ficará borrada.
Proponha aos alunos fazerem alguns estudos através da fotografia. Eles poderão tirar fotos de movimentos como um pião rodando, uma bolinha de gude, um aceno de mão, etc.