Leia o fragmento de uma narrativa de aventura para responder à questão.
Terminei minha tarefa ao anoitecer, e um dos marujos me disse que Jack queria falar comigo. A bordo, o capitão me pagou a moeda prometida, ofereceu-me um jantar simples, mas nutritivo, e disse que eu poderia ganhar umas 300 libras se fosse com ele para a Guiné, no litoral africano. Aceitei sua proposta. Partiríamos em dois dias. Nossa primeira viagem foi um sucesso; o barco era seguro. De volta a Londres, consegui as 300 libras prometidas. Ao contrário da primeira ida à África, a segunda viagem foi um caos. Logo depois de deixarmos o Reino Unido, quando passávamos pelas Ilhas Canárias, notamos a presença de um navio estranho no horizonte. O capitão mandou um marujo subir no mastro do navio e este, munido de uma potente luneta, gritou lá do alto: — Piratas! Piratas a estibordo. Estamos sendo seguidos por um navio pirata! Assim que ouvimos o aviso, fizemos de tudo para dar velocidade ao barco, mas o navio pirata se aproximava cada vez mais. Quando chegaram junto de nós, os bandidos abriram fogo. O barco tremia a cada disparo. Após a troca de tiros, eles se aproximaram. Assim, vimos mais de 60 piratas abordar nosso navio. Éramos apenas 18 e logo fomos dominados. Quando os piratas mataram dois dos nossos, além do capitão, decidimos nos render. DEFOE, Daniel. As aventuras de Robinson Crusoé. São Paulo: Editora Rideel, 2004. Glossário
Estibordo – lado direito do navio.
Marujo – marinheiro.
O adjetivo destacado no § 3 permite interpretar que o narrador, ao ver o navio, sentiu-se