Explicaê

01

 Leia o texto para responder à questão


Super-Dino


 Mamãe dinossauro já havia posto seis belos ovos redondos, verdes e lustrosos, quando encontrou um sétimo ovo sobre a geleira. Parecia uma bola de neve. Não tão redondo quanto os dela. E nem um pouco verde. Sem problema: parecia forte e saudável. E mais: completamente abandonado. Seu coração de mãe derreteu na hora. Coitadinho do bebezinho, ia nascer só, perdido na imensidão branca, sem ninguém para tomar conta dele! Nem pensar. Quem cuida de seis, cuida de sete. Mamãe dinossauro levou o ovo para sua gruta, no fundo do vale. Lá, encontrou olhares críticos. Que ideia, recolher ovos na geleira! Aliás, aquilo nem parecia ovo. Lembrava uma pedra. Então agora mamãe dinossauro andava chocando “pedras”? Todo mundo morreu de rir. Mas mamãe dinossauro ouviu só seu coração, e fez muito bem. Três luas mais tarde, antes que as cascas de seus próprios ovos se partissem, a “pedra” começou a trepidar e a dar pulinhos. Sua superfície rachou com um belo ruído. E um sétimo dinossauro pôs a cabecinha para fora da casca. Nossa, que coisa mais feia! Uma figurinha esquisita, escamas macias, olhos esbugalhados, espetos ao longo das costas e duas cristas sobre os ombros. Além disso, pés para dentro: quando andava, parecia um patórum. Mamãe dinossauro olhou a prole, orgulhosa: os filhos estavam grandes, gorduchos, uma graça com seus olhos minúsculos, patinhas cheias de garras e focinhos repletos de dentes, piando para ganhar comida. Para não se confundir, ela chamava cada um por um nome: Número Um, Número Dois, Número Três... e assim por diante, até o sétimo, o tal que não tinha dado certo. Depois serviu a todos uma refeição poderosa: bifones de vacórum e purê de batatórum. Os sete bebês dinossauros cresceram num instante. Eram admirados por todos – menos o Número Sete, sempre mais atrasado que os irmãos. Andou depois dos outros, sempre chegava por último quando apostavam corrida, não sabia nadar direito. Óbvio: tinha pés grandes demais, patas tão compridas que se emaranhavam uma na outra, como barbante, e aquelas pequenas cristas penduradas nos ombros, uma de cada lado, atrapalhando seus movimentos. “O que vamos fazer com ele?”, pensava mamãe dinossauro de vez em quando, com um aperto no coração. Mas quando ele olhava para ela com seus grandes olhos negros, ela sorria com ternura e lhe oferecia uma ração dobrada de contrafiletórum com fritas e catchupex. Histórias de dinossauros. Nathalie Dargent. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2009. p. 19-20. Nota:

Patórum, bifones de vacórum, batatórum, contrafiletórum e catchupex: palavras da língua portuguesa modificadas para reproduzir a linguagem dos dinossauros inventada pela autora.


O dinossauro Número Sete não era admirado porque:

Desconsiderar opção Created with Sketch. Considerar opção Created with Sketch.
Desconsiderar opção Created with Sketch. Considerar opção Created with Sketch.
Desconsiderar opção Created with Sketch. Considerar opção Created with Sketch.
Desconsiderar opção Created with Sketch. Considerar opção Created with Sketch.