Como tratar com os índios
A experiência de trezentos anos tem feito ver que a aspereza é um meio errado para domesticar os índios; parece, pois, que brandura e afago são os meios que nos restam. Perdoar-lhes alguns excessos, de que sem dúvida seria causa a sua barbaridade e longo hábito com a falta de leis. Os habitantes da América são menos sanguinários do que os negros d’África, mais mansos, tratáveis e hospitais.
VILHENA, L. S. A Bahia no século XVIII. Salvador: Itapuã, 1969 (adaptado).
O escritor português Luís Vilhena escreve, no século XVIII, sobre um tema recorrente para os homens da sua época. Seu posicionamento emerge de um contexto em que
Questões relacionadas
- Língua Portuguesa | 1.3 Intenção do Texto
A masculinidade, assim como a feminilidade, é uma construção histórica e cultural. Em nossa cultura, a dança caracteriza-se, no sentido geral, como um universo predominantemente feminino. Homens que dançam são geralmente considerados homossexuais, por não se enquadrarem dentro das normas culturais hegemônicas de gênero e sexualidade. Por outro lado, demonstram a não existência de um único tipo de masculinidade, enfatizando que as identidades humanas são múltiplas e plurais. No contexto da dança, as representações hegemônicas de gênero e as regulações sociais que essas impõem não se manifestam de forma igual em todas as modalidades de dança. Persiste essa forte representação cultural ocidental que associa o balé à feminilidade e à homossexualidade. Em outras danças, ela não se revela tão forte, e os homens não aparecem em menor número, como nas tradicionais danças folclóricas ou no moderno hip hop.
ANDREOLI, G. S. Representações de masculinidade na dança contemporânea. Movimento, n. 1, 2011 (adaptado).
No que tange à identidade de gênero masculina, a dança e suas modalidades expressam o(a)
- Língua Portuguesa - Fundamental | 1.02 Variedades Linguísticas
Texto para a questão
Nick levantou-se. Estava inteiro. Olhou no trilho as luzes do vagão de serviço desaparecendo na curva. Havia água dos dois lados dos trilhos, e depois o brejo com os seus lariços.
Apalpou o joelho. A calça estava rasgada, e a pele, ralada. Tinha as mãos arranhadas e areia e cinza nas unhas. Desceu o barranco dos trilhos, chegou à cacimba e lavou as mãos. Lavou-as bem na água fria, limpando toda a sujeira das unhas. Agachou-se e lavou o joelho.
Aquele filho da mãe do guarda-freios. Ainda vou pegá-lo. Ainda vou encontrá-lo um dia. Fazer aquilo comigo.
– Vem cá, menino – disse o guarda-freios. – Tenho uma coisa pra você.
Nick caíra na conversa. Que coisa mais infantil. Ninguém mais o enganaria daquele jeito.
– Vem cá, menino, tenho uma coisa pra você. – Depois, vupt, e ele caiu de quatro ao lado do trilho.
Nick esfregou o olho. Um grande calombo se formava. Ficaria com um olho preto. Já doía. O guarda-freios filho da mãe
Apalpou com os dedos o calombo acima do olho. Ainda bem que era só um olho preto que ele ganhara. Saiu barato. Queria ver o olho, mas não podia olhando na água. Era noite, e ele estava longe de qualquer lugar. Limpou as mãos na calça e levantou-se; subiu o barranco para os trilhos.
Foi andando pela via. Era bem lastreada, fácil de caminhar nela, areia e cascalho socados entre os dormentes. A via parecendo passarela atravessava o pântano. Nick foi andando. Precisava chegar a algum lugar.
[...]
HEMINGWAY, Ernest. “O lutador”. 7 ed. Contos, v.1. Trad. José J. Veiga. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2015, p. 49-50.
“Ainda bem que era só um olho preto que ele ganhara.” A oração grifada tem a função de
- História | 3.1 Espada e Oligárquica
Colhe o Brasil, após esforço contínuo dilatado no tempo, o que plantou no esforço da construção de sua inserção internacional. Há dois séculos formularam-se os pilares da política externa. Teve o país inteligência de longo prazo e cálculo de oportunidade no mundo difuso da transição da hegemonia britânica para o século americano. Engendrou concepções, conceitos e teoria própria no século XIX, de José Bonifácio ao Visconde do Rio Branco. Buscou autonomia decisória no século XX. As elites se interessaram, por meio de calorosos debates, pelo destino do Brasil. O país emergiu, de Vargas aos militares, como ator responsável e previsível nas ações externas do Estado. A mudança de regime político para a democracia não alterou o pragmatismo externo, mas o aperfeiçoou.
SARAIVA, J. F. S. O lugar do Brasil e o silêncio do parlamento.
Correio Braziliense, Brasília, 28 maio 2009 (adaptado).
Sob o ponto de vista da política externa brasileira no século XX, conclui-se que
- Matemática | 16. Raciocínio Lógico
(INSPER) Dentro de um grupo de tradutores de livros, todos os que falam alemão também falam inglês, mas nenhum que fala inglês fala japonês. Além disso, os dois únicos que falam russo também falam coreano. Sabendo que todo integrante desse grupo que fala coreano também fala japonês, pode-se concluir que, necessariamente:
- Física | B. Vetorial
Em 29 de abril de 2001, funcionários da CART cancelaram uma corrida no Texas Motor Speedway porque os pilotos tiveram vertigens após apenas 10 voltas. A combinação de altas velocidades e curvas fechadas do Texas Motor Speedway gera forças de quase 5 G nas voltas. Um G é a aceleração da gravidade da Terra – se ela for multiplicada pela massa de uma pessoa é possível determinar o quanto essa pessoa pesa. A 5 G, um piloto experimenta uma força igual a cinco vezes o seu peso. Segundo os organizadores da corrida as curvas da pista têm um raio de aproximadamente 250 metros e os carros trafegam por elas a cerca de 360 km/h. Como é comum em textos e comentários sobre corridas de Fórmula 1, é citada a “força G”, que não se trata de uma força e sim da aceleração centrípeta à qual, o carro e o piloto são submetidos na curva. O valor é geralmente expresso comparativamente à aceleração da gravidade na superfície da Terra G, que vale aproximadamente 10 m/s2.
A “força G” calculada nas condições citadas, é de, aproximadamente