(ESPM)
As linhas representam uma inversão da realidade nacional. Trata-se de:
Questões relacionadas
- Literatura | 5.2 Modernismo
Cantiga de enganar
(...)
O mundo não tem sentido.
O mundo e suas canções
de timbre mais comovido
estão calados, e a fala
que de uma para outra sala
ouvimos em certo instante
é silêncio que faz eco
e que volta a ser silêncio
no negrume circundante.
Silêncio: que quer dizer?
Que diz a boca do mundo?
Meu bem, o mundo é fechado,
se não for antes vazio.
O mundo é talvez: e é só.
Talvez nem seja talvez.
O mundo não vale a pena,
mas a pena não existe.
Meu bem, façamos de conta.
De sofrer e de olvidar,
de lembrar e de fruir,
de escolher nossas lembranças
e revertê‐las, acaso
se lembrem demais em nós.
Façamos, meu bem, de conta
– mas a conta não existe –
que é tudo como se fosse,
ou que, se fora, não era.
(...)
Carlos Drummond de Andrade, Claro Enigma.
(FUVEST 2020 1º FASE) Em Claro Enigma, a ideia de engano surge sob a perspectiva do sujeito maduro, já afastado das ilusões, como se lê no verso‐síntese “Tu não me enganas, mundo, e não te engano a ti.” (“Legado”).
O excerto de “Cantiga de enganar” apresenta a relação do eu com o mundo mediada
- História | 5.7 Iluminismo
(ESPCEX) O século XVIII registrou profundas transformações na maneira de governar de diversos dirigentes:
- Frederico II, da Prússia, “aboliu as torturas aplicadas aos presos em seu país [...] incentivou as letras, as artes e as ciências [...] e dirigiu pessoalmente a reforma de Berlim, capital da Prússia na época”.
(BOULOS JR, 2011)
- O Marquês de Pombal, “principal ministro do rei D. José I [...] valendo-se de seu enorme poder, decretou a emancipação dos indígenas na América portuguesa, a abolição da escravidão africana e a fundação da Imprensa Régia, em Portugal”
(BOULOS JR, 2011).
- José II, da Áustria, adotou a tolerância religiosa, mas manteve intocados o militarismo e a servidão.
(BOULOS JR, 2011)
- Catarina II, da Rússia, “mandou construir escolas, fundou hospitais, dirigiu a reforma da capital (São Petersburgo) e combateu a corrupção nos meios civis e religiosos”.
(BOULOS JR, 2011)
Sobre os dirigentes acima mencionados e seus governos, pode-se afirmar que:
- Língua Portuguesa | 1. Interpretação de Textos
(CFTRJ)
No último quadrinho da tirinha, lemos a seguinte fala “Mas o computador é campeão: destrói uma vida inteira com a velocidade do pensamento”. Se, em vez de dois pontos, houvesse um conectivo ligando as duas orações, dentre as opções a seguir, a única que cumpre tal papel com coerência é:
- Matemática | 14.2 Prisma
Muitas pessoas, de modo descuidado, armazenam em caixas plásticas restos de alimentos em locais não apropriados, criando condições para o aparecimento de formigas e roedores. Suponha que uma formiga, localizada no vértice J de uma caixa plástica que ficou destampada, avista um torrão de açúcar no vértice P da caixa, conforme ilustra a figura seguinte. Caminhando sobre a superfície da caixa (arestas e lados) ela poderá seguir várias trajetórias até ele:
Observação: Considere que R é o ponto médio da aresta NQ.
Para que o caminho percorrido pela formiga tenha o menor comprimento possível, ela deve seguir o caminho:
- Língua Portuguesa | 1.2 Percepção das Ideias do Texto
Anoitecer
Esbraseia o Ocidente na agonia
O sol... Aves em bandos destacados,
Por céus de ouro e de púrpura raiados,
Fogem... Fecha-se a pálpebra do dia...
Delineiam-se, além, da serrania
Os vértices de chama aureolados,
E em tudo, em torno, esbatem derramados
Uns tons suaves de melancolia...
Um mundo de vapores no ar flutua...
Como uma informe nódoa, avulta e cresce
A sombra à proporção que a luz recua...
A natureza apática esmaece...
Pouco a pouco, entre as árvores, a lua
Surge trêmula, trêmula... Anoitece.
CORREIA, R. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1961.
No soneto “Anoitecer”, vinculado à estética parnasiana, Raimundo Correia descreve o final do dia, incorporando à paisagem uma profunda melancolia. Sobre o soneto, é possível afirmar que