De todos os regimes políticos, o menos mau é o democrático, argumenta o pensador argentino Ernesto Sabato, porque funciona à medida do homem, à relatividade do ser humano e a esta luta incessante entre o bem e o mal. Porque há três poderes? Pois há um para administrar o país; outro para fazer as leis, afinal, uma comunidade não pode viver sem leis, justamente para castigar o mal e, por fim, há um poder judicial que aplica as leis. O que torna a democracia possível é esse equilíbrio precário, delicado e difícil. De fato, a democracia é regime sem cores vivas, medíocre. Por isso, os jovens - não os condeno porque quando fui jovem fiz o mesmo - são propensos a condenar a democracia. Mas é ela que permite que o lobo-homem de Hobbes (a desordem pensada por Comte ou a anomia de Durkheim) tenha o menor ganho possível.
O cerne da discussão considera a (o)