Édipo é apresentado na peça como governante e sábio, além de homem de ação. Ele afirma a necessidade de pensar racionalmente e de encarar com equanimidade o que a vida lhe reserve. Na verdade Sófocles (o autor da peça) o transplantou de Tebas para Atenas contemporânea. Atenas vivia o ápice de sua força e prestígio. A construção do Partenon e de outros edifícios públicos fazia dela a mais bela cidade da Grécia, e os atenienses começavam a ver sua prosperidade como recompensa por suas liberdades políticas e seu enfoque inteligente e racional da vida – atitude que afetava a sua relação com os deuses. Os gregos tendiam a com concordar com Protágoras que “o homem é a medida de todas as coisas”.
OSBORNE, R. Civilização: uma nova história do mundo ocidental. Rio de janeiro, Editora Difel, 2016 (adaptado). VOT2021