(...). Politicamente a situação se complicava com o avanço do Partido Republicano e as querelas com o Exército, mas era, sobretudo a pressão pelo fim da escravidão que captava o grosso das atenções. A partir da década de 1880, e dividido em duas correntes – moderados (cujo ideólogo era Joaquim Nabuco) e radicais (entre os quais se destacavam nomes como Silva Jardim, Luís Gama, José do Patrocínio e Antônio Bento) – o abolicionismo tomava novamente as ruas e os jornais.
(...) Por mais que o governo tentasse recorrer a táticas “reformistas”, como a Lei dos Sexagenários, o resultado começava a ser o oposto. E os ataques vinham de todo lado, isso sem falar das rebeliões escravas que estouravam nos quanto cantos do país.
Schwarc, Lilia Moriz, Brasil: uma biografia. 1ª edição. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. Texto adaptado. VOT2022
No final do século XIX, o movimento abolicionista ganhou corpo. O cenário descrito no texto deixa a entender que o abolicionismo foi