Em sites de apostas é comum usar expressões como “o jogo terá mais de 3,5 gols”, que podem soar estranho para pessoas que não fazem parte desse universo. A estranheza ocorre justamente pelo fato de não ser possível um jogo ter exatamente 3,5 gols, porém esse é um artifício desses sites para que o jogador menos ambientado com expressões do tipo “maior” e “maior ou igual”. Dessa forma, a expressão “o jogo terá mais de 3,5 gols” significa que o jogo terá uma quantidade de gols maior ou igual a 4.
Em uma partida de tênis de mesa disputada entre dois jogadores, ganha um game aquele jogador que atingir primeiramente 11 pontos desde que tenha uma vantagem mínima de 2 pontos sobre o adversário.
Em um desses sites de apostas, uma pessoa faz uma aposta que um game de tênis de mesa terá menos de 18,5 pontos, somando os pontos dos dois jogadores.
Assim, para essa pessoa ganhar a aposta feita, o jogador derrotado poderá fazer, nesse game, no máximo
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COMIDA E CLIMA SÃO ELEMENTOS BRASILEIROS PREDILETOS
Uma das maiores (e melhores) diferenças que a menina francesa Victoire Valentin, 11, percebeu quando chegou ao Brasil foi a comida. "É bem mais gostosa. Adoro arroz, feijão, pão de queijo e guaraná." Claire Gilliot elege outros favoritos. "Gosto muito das frutas. Manga e mamão são muito deliciosos", diz ela, que estudou sobre a Amazônia antes de se mudar.
Já a irmã de Victoire, Sixtine, 9, gosta mesmo é das praias. "São maiores do que as da França, e a água do mar é bem clarinha aqui. Dá para ir mais vezes porque sempre tem tempo bom." Charlotte Malle, 9, conheceu figuras do nosso folclore numa revista e não foi muito com a cara delas. "Vi a Mula sem Cabeça e achei bem estranha."
Disponível em <http://www1.folha.uol.com.br/folhinha/dicas/di01080908.htm> Acesso em 10/11/2009
De acordo com a reportagem, podemos dizer que
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Os pontos em que a velocidade do carro é menor e maior são, respectivamente
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Ao longo de uma evolução iniciada nos meados do século XIV, o tráfico lusitano se desenvolve na periferia da economia metropolitana e das trocas africanas. Em seguida, o negócio se apresenta como uma fonte de receita para a Coroa e responde à demanda escravista de outras regiões europeias. Por fim, os africanos são usados para consolidar a produção ultramarina.
ALENCASTRO, L. F. O trato dos viventes. São Paulo: Cia. das Letras, 2000 (adaptado).
A atividade econômica destacada no texto é um dos elementos do processo que levou o reino português a
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Leia o texto seguinte.
“A avó, a cidade e o semáforo”
Quando ouviu dizer que eu ia à cidade, Vovó Ndzima emitiu as maiores suspeitas:
- E vai ficar em casa de quem?
- Fico no hotel, avó.
- Hotel? Mas é casa de quem?
Explicar, como? Ainda assim, ensaiei: de ninguém, ora. A velha fermentou nova desconfiança: uma casa de ninguém?
- Ou melhor, avó: é de quem paga - palavreei, para a tranquilizar.
Porém, só agravei - um lugar de quem paga? E que espíritos guardam uma casa como essa?
A mim me tinha cabido um prêmio do Ministério. Eu tinha sido o melhor professor rural. E o prêmio era visitar a grande cidade. Quando, em casa, anunciei a boa nova, a minha mais-velha não se impressionou com meu orgulho. E franziu a voz:
- E, lá, quem lhe faz o prato?
- Um cozinheiro, avó.
- Como se chama esse cozinheiro?
Ri, sem palavra. Mas, para ela, não havia riso, nem motivo. Cozinhar é o mais privado e arriscado ato. No alimento se coloca ternura ou ódio. Na panela se verte tempero ou veneno. Quem assegurava a pureza da peneira e do pilão? Como podia eu deixar essa tarefa, tão íntima, ficar em mão anônima? Nem pensar, nunca tal se viu, sujeitar-se a um cozinhador de que nem o rosto se conhece.
- Cozinhar não é serviço, meu neto – disse ela. - Cozinhar é um modo de amar os outros.
Ainda tentei desviar-me, ganhar uma distração. Mas as perguntas se somavam, sem fim.
- Lá, aquela gente tira água do poço?
- Ora, avó...
- Quero saber é se tiram todos do mesmo poço...
Poço, fogueira, esteira: o assunto pedia muita explicação. E divaguei, longo e lento. Que aquilo, lá, tudo era de outro fazer. Mas ela não arredou coração. Não ter família, lá na cidade, era coisa que não lhe cabia. A pessoa viaja é para ser esperado, do outro lado a mão de gente que é nossa, com nome e história. Como um laço que pede as duas pontas. Agora, eu dirigir-me para lugar incógnito onde se deslavavam os nomes! Para a avó, um país estrangeiro começa onde já não reconhecemos parente.
- Vai deitar em cama que uma qualquer lençolou?
Na aldeia era simples: todos dormiam despidos, enrolados numa capulana ou numa manta conforme os climas. Mas lá, na cidade, o dormente vai para o sono todo vestido. E isso minha avó achava de mais. Não é nus que somos vulneráveis. Vestidos é que somos visitados pelas valoyi e ficamos à disposição dos seus intentos. Foi quando ela pediu. Eu que levasse uma moça da aldeia para me arrumar os preceitos do viver.
- Avó, nenhuma moça não existe.
Dia seguinte, penetrei na penumbra da cozinha, preparado para breve e sumária despedida, quando deparei com ela, bem sentada no meio do terreiro. Parecia estar entronada, a cadeira bem no centro do universo. Mostrou-me uns papéis.
- São os bilhetes.
- Que bilhetes?
- Eu vou consigo, meu neto.
Foi assim que me vi, acabrunhado, no velho autocarro. Engolíamos poeiras enquanto os alto-falantes espalhavam um roufenho ximandjemandje. A avó Ndzima, gordíssima, esparramada no assento, ia dormindo. No colo enorme, a avó transportava a cangarra com galinhas vivas. Antes de partir, ainda a tentara demover: ao menos fossem pouquitas as aves de criação.
- Poucas como? Se você mesmo disse que lá não semeiam capoeiras.
Quando entramos no hotel, a gerência não autorizou aquela invasão avícola. Todavia, a avó falou tanto e tão alto que lhe abriram alas pelos corredores. Depois de instalados, Ndzima desceu à cozinha. Não me quis como companhia. Demorou tempo de mais. Não poderia estar apenas a entregar os galináceos. Por fim, lá saiu. Vinha de sorriso:
- Pronto, já confirmei sobre o cozinheiro...
- Confirmou o quê, avó?
- Ele é da nossa terra, não há problema. Só falta conhecer quem faz a sua cama.
Aconteceu, depois. Chegado do Ministério, dei pela ausência da avó. Não estava no quarto, nem no hotel. Me urgenciei, aflito, pelas ruas no encalço dela. E deparei com o que viria a repetir-se todas tardes, a vovó Ndzima entre os mendigos, na esquina dos semáforos. Um aperto me minguou o coração: pedinte, a nossa mais-velha?! As luzes do semáforo me chicoteavam o rosto:
- Venha para casa, avó!
- Casa?!
- Para o hotel. Venha.
Passou-se o tempo. Por fim, chegou o dia do regresso à nossa aldeia. Fui ao quarto da vovó para lhe oferecer ajuda para os carregos. Tombou-me o peito ao assomar à porta: ela estava derramada no chão, onde sempre dormira, as tralhas espalhadas sem nenhum propósito de serem embaladas.
- Ainda não fez as malas, avó?
- Vou ficar, meu neto.
O silêncio me atropelou, um riso parvo pincelando-me o rosto.
- Vai ficar, como?
- Não se preocupe. Eu já conheço os cantos disto aqui.
- Vai ficar sozinha?
- Lá, na aldeia, ainda estou mais sozinha.
A sua certeza era tanta que o meu argumento murchou. O autocarro demorou a sair. Quando passamos pela esquina dos semáforos, não tive coragem de olhar para trás.
O verão passou e as chuvadas já não espreitavam os céus quando recebi encomenda de Ndzima. Abri, sôfrego, o envelope. E entre os meus dedos uns dinheiros, velhos e encarquilhados, tombaram no chão da escola. Um bilhete, que ela ditara para que alguém escrevesse, explicava: a avó me pagava uma passagem para que eu a visitasse na cidade. Senti luzes me acendendo o rosto ao ler as últimas linhas da carta: “... agora, neto, durmo aqui perto do semáforo. Faz-me bem aquelas luzinhas, amarelas, vermelhas. Quando fecho os olhos até parece que escuto a fogueira, crepitando em nosso velho quintal...”.
Vocabulário
Ximandjemandje - Dança, ritmo musical.
Capulana- nome que se dá, em Moçambique, a um pano que, tradicionalmente, é usado pelas mulheres para cingir o corpo, e por vezes a cabeça, fazendo também de saia, podendo ainda cobrir o tronco
Valoyi – “deitador da sorte”, curandeiro, feiticeiro.
Incógnito - que ou quem não se conhece, não se sabe quem seja; desconhecido.
Encarquilhados - que estão cheio de rugas, enrugados.
Sôfrego - desejoso e impaciente pela posse ou realização de alguma coisa; insofrido, malsofrido, ansioso.
COUTO, Mia. A avó, a cidade e o semáforo. In: O fio das missangas : contos / Mia Couto. — 1ª ed. — São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
As preposições são palavras invariáveis que ligam outras palavras, sinalizando uma relação de sentido e de dependência entre elas. Em “Venha para casa, avó!”, o sentido expresso pela preposição destacada é
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(Ufu) Nos últimos anos, tem-se observado o crescimento de um tipo de ocupação: o trabalho por aplicativo. Conhecido também como “uberização do trabalho”, as alterações nas relações de trabalho provocadas por esse fenômeno são sintetizadas pela pesquisadora Ludmila Abílio:
“Ser um trabalhador-perfil em um cadastro da multidão significa na prática ser um trabalhador por conta própria, que assume os riscos e custos de seu trabalho, que define sua própria jornada, que decide sobre sua dedicação ao trabalho e, também, que cria estratégias para lidar com uma concorrência de dimensões gigantescas que paira permanentemente sobre sua cabeça”.
Abílio, Ludmila C. Uberização do trabalho: subsunção real da viração. http://passapalavra.info/2017/02/110685. Acesso em: 03 fev. 2020.
Com base nessas informações, as alterações nas relações de trabalho na atualidade têm sido definidas pelo(a):