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04/09/2008 - 08h26
Beatriz Milhazes joga com a cor e a luz na Estação Pinacoteca
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FABIO CYPRIANO
da Folha de S.Paulo
O colorido bidimensional das pinturas, colagens e gravuras de Beatriz Milhazes explode no espaço em sua nova exposição, na Estação Pinacoteca, em São Paulo, que será inaugurada depois de amanhã.
Alex Almeida/Folha Imagem
Artista brasileira Beatriz Milhazes expõe obra na Estação Pinacoteca a partir de sábado
Pela primeira vez no Brasil, depois de já ter realizado obras em espaços públicos como uma estação de metrô em Londres ou na fachada de uma loja de departamento em Manchester, Milhazes cria uma obra de grande porte, ocupando a maior sala da Estação Pinacoteca com uma intervenção nas dez janelas do espaço, que variam ao longo do dia conforme a luminosidade externa.
À noite, será possível ver o colorido nas janelas por um ano após a abertura da exposição. "Todo material que utilizei aqui é translúcido, mas em distintos graus. Fiz isso pensando na ocupação do espaço interior e na transformação da luz ao longo da passagem do dia", disse Milhazes à Folha, anteontem, durante uma pausa na montagem da exposição.
De fato, é no interior da Pinacoteca que o trabalho ganha magnitude, já que, por fora, devido às dimensões do prédio em comparação com as das janelas, a intervenção perde destaque. Se até então os trabalhos de Milhazes tinham uma relação que os neoconcretos considerariam passiva, agora, a artista dá um salto no espaço, como Hélio Oiticica e Lygia Clark fizeram na década de 1950, iniciando um percurso que culminou nas propostas mais radicais da história da arte.
"Eu não havia pensado nisso, mas não creio que esse trabalho tenha essa repercussão em minha obra, pois eu preciso do mundo da pintura. Por enquanto, o que ainda mais me desafia é a possibilidade de preencher uma tela em branco", avalia Milhazes.
A mostra apresenta ainda 21 pinturas e quatro colagens, realizadas desde 1990, com curadoria de Ivo Mesquita. "Para além da brasilidade que tanto se comenta nas obras da Bia, o que se sobressai de fato é a pintura e as várias formas que ela cria, como o estilhaçamento da tradição construtiva", diz Mesquita.
Ainda para o curador, a própria aplicação nas janelas da Pinacoteca "é uma expansão da pintura, ao tratar da linha, da cor e da luz". Se para a arte contemporânea, muitas vezes, a manufatura não é importante, esse não é o caso de Milhazes, o que também ressalta sua ação fundamental como pintora.
Para as janelas da Pinacoteca, por exemplo, em vez de realizar o projeto em um computador, a artista primeiro desenhou os motivos --são cinco que se refletem em situação diametral no espaço, para que seu assistente então os transformasse num esquete virtual.
"O computador trabalha sempre com imagens que já existem, eu quero ser livre para criar", conta. O efeito foi tão satisfatório para a artista, que mesmo algumas gravuras que iriam ser expostas na sala, foram deslocadas para outros espaços da Estação.
Milhazes, aliás, doou todas as 17 gravuras até então por ela realizadas -as últimas, de uma meticulosidade tamanha, chegaram a ter cem impressões de cores distintas para a realização de uma só cópia. Doei porque quis que esse conjunto ficasse reunido em um só local."
Peso de ouro
Toda essa atenção com cada trabalho ajuda a revelar porque Milhazes se tornou a brasileira com maior repercussão no mercado exterior, batendo seu próprio recorde num leilão de arte, quando "O Mágico" (2001) foi arrematado por US$ 1,049 milhão, em maio passado, na Sotheby's de Nova York, pelo colecionador argentino Eduardo Costantini.
"Acho que isso é importante para a arte contemporânea brasileira, pois é um patamar que a gente tem que chegar, e fico contente também porque sou uma artista que optou por viver aqui", conta, sem falsa modéstia.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u441235.shtml
Joá, Beatriz Milhazes O sol de Londres, Beatriz Milhazes Mares do sul, Beatriz Milhazes
A artista Beatriz Milhazes, brasileira de renome internacional, usa como uma de suas temáticas as flores. O trabalho da artista é bastante diferenciado, principalmente no uso das cores. Em entrevista a artista relata que uma de suas obras de um período do começo de sua carreira, ela dividiu uma tela em 20 quadros, onde explorou uma mesma forma.
Converse com a turma sobre a artista Beatriz Milhazes, mostre algumas reproduções de obras da artista e peça que pesquisem sobre ela, que levem para a aula algumas imagens das obras da artista. Abra uma roda de discussão para trocarem as informações, e apreciarem as obras, observando as formas, as harmonias de cores, e diversidade de flores que aparecem nas composições de Beatriz Milhazes.
Proponha aos alunos que cada um pinte com tinta acrílica uma pequena tela de aproximadamente 20x30 cm., uma única flor, bem colorida. Depois dos trabalhos prontos, junte todos em um painel, como um grande jardim.
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Os cascos dos navios são protegidos da corrosão por barras metálicas de sacrifício. Considerando que os cascos são constituídos por aço (liga cuja base é o metal ferro) e a tabela de potenciais padrão de redução dada, os metais que podem ser utilizados como metais de sacrifício são:
Dados:
Potenciais padrão de redução (V)