(UFMS) Leia atentamente o texto a seguir.
“Vamos refletir: no Brasil, africanos, indígenas e seus descendentes passaram três séculos e meio tendo sua força de trabalho escravizada e, apesar de serem os geradores de riquezas (financeiras e culturais), representavam uma ameaça à estabilidade política e econômica dos grupos abastados. Isso sem falar na desqualificação de suas compreensões de mundo (culturas, religiões e expressões artísticas). Esses mesmos indígenas, africanos e seus descendentes foram tratados, pelas pseudociências do século XIX, como a origem do mal e do fraco desenvolvimento do Brasil. Em contrapartida, o eurocentrismo e o ideal de embranquecimento da população fizeram com que o governo desenvolvesse políticas de imigração que incentivaram a vinda de grupos europeus. Num primeiro momento, italianos, alemães, portugueses, poloneses etc. receberam tratamento completamente diferente daquele recebido pelas pessoas que vieram por força da escravidão. E também pelos que já estavam aqui e foram dizimados em nome da ‘civilização’”.
(RODRIGUES, Rosiane. “Nós” do Brasil: estudos das relações étnico-raciais. São Paulo: Moderna, 2012. p. 96-97).
Ao associar o texto desse enunciado com a data de 20 de novembro, dia nacionalmente rememorado como o Dia da Consciência Negra, é correto afirmar que: