Um fazendeiro precisa estimar o valor a ser gasto para cortar a produção de eucalipto de uma área da sua propriedade. O problema é que a área na qual o eucalipto foi plantado, embora plana, tem um formato irregular, o que dificulta os cálculos. Dessa forma, o responsável precisa medir a parte mais extensa da plantação (representada pelo segmento AB). Para efetuar tal tarefa, ele fixou duas estacas: uma em A e a outra em B. Depois, escolheu um ponto C de forma que, ao fixar e esticar cordas de A até C e de B até C, estas são perpendiculares entre si, conforme a representação a seguir.
A corda AC mede 480 m e a corda BC mede 640 metros. Depois de um breve cálculo, o responsável pelo corte das árvores descobriu que a parte mais extensa da região mede
Questões relacionadas
- Língua Portuguesa
CAFEZINHO
Leio a reclamação de um repórter irritado que precisava falar com um delegado e lhe disseram que o homem havia ido tomar um cafezinho. Ele esperou longamente, e chegou à conclusão de que o funcionário passou o dia inteiro tomando café.
1Tinha razão o rapaz de ficar zangado. Mas com um pouco de imaginação e bom humor podemos pensar que uma das delícias do gênio carioca é exatamente esta frase: – Ele foi tomar café.
A vida é triste e complicada. Diariamente é preciso falar com um número excessivo de pessoas. O remédio é ir tomar um “cafezinho”. 2Para quem espera nervosamente, esse “cafezinho” é qualquer coisa infinita e torturante. Depois de esperar duas ou três horas dá vontade de dizer: – 3Bem, cavalheiro, eu me retiro. Naturalmente, o Sr. Bonifácio morreu afogado no cafezinho.
4Ah, sim, mergulhemos de corpo e alma no cafezinho. Sim, deixemos em todos os lugares este recado simples e vago: – Ele saiu para tomar um café e disse que volta já.
Quando a Bem-amada vier com seus olhos tristes e perguntar: – Ele está? – alguém dará nosso recado sem endereço. Quando vier o amigo, e quando vier o credor, e quando vier o parente, e quando vier a tristeza, e quando a morte vier, o recado será o mesmo: – 5Ele disse que ia tomar um cafezinho...
Podemos, ainda, deixar o chapéu. Devemos até comprar um chapéu especialmente para deixá-lo. Assim dirão: – Ele foi tomar um café. Com certeza volta logo. O chapéu dele está aí...
Ah! 6Fujamos assim, sem drama, sem tristeza, fujamos assim. A vida é complicada demais.
Gastamos muito pensamento, muito sentimento, muita palavra, O melhor é não estar.
Quando vier a grande hora de nosso destino nós teremos saído há uns cinco minutos para tomar um café. Vamos, vamos tomar um cafezinho.
BRAGA, Rubem. In.: O conde e o passarinho & Morro do isolamento. Rio de Janeiro: Record, 2002, p. 156-157.
Considere as seguintes afirmações:
I. Em “Bem, cavalheiro, eu me retiro.” (referência 3), o termo em destaque exerce função sintática de aposto.
II. Na frase “Ele disse que ia tomar um cafezinho...” (referência 5), o verbo em destaque é transitivo.
III. Em “Ah, sim, mergulhemos de corpo e alma no cafezinho.” (referência 4), a palavra em destaque foi empregada no sentido conotativo.
IV. Na oração “Tinha razão o rapaz de ficar zangado.” (referência 1), o sujeito é oculto.
- Literatura | 4.1 Romantismo
Vestindo água, só saído o cimo do pescoço, o burrinho tinha de se enqueixar para o alto, a salvar também de fora o focinho. Uma peitada. Outro tacar de patas. Chu-áa! Chu-áa... — ruge o rio, como chuva deitada no chão. Nenhuma pressa! Outra remada, vagarosa. No fim de tudo, tem o pátio, com os cochos, muito milho, na Fazenda; e depois o pasto: sombra, capim e sossego... Nenhuma pressa. Aqui, por ora, este poço doido, que barulha como um fogo, e faz medo, não é novo: tudo é ruim e uma só coisa, no caminho: como os homens e os seus modos, costumeira confusão. É só fechar os olhos. Como sempre. Outra passada, na massa fria. E ir sem afã, à voga surda, amigo da água, bem com o escuro, filho do fundo, poupando forças para o fim. Nada mais, nada de graça; nem um arranco, fora de hora. Assim.
João Guimarães Rosa. O burrinho pedrês, Sagarana.
(FUVEST 2009 1ª FASE) Em trecho anterior do mesmo conto, o narrador chama Sete-de-Ouros de “sábio”. No excerto, a sabedoria do burrinho consiste, principalmente, em
- Biologia | 4.3 Metabolismo Energético
(UESB)
Com base no esquema apresentado e nos conhecimentos sobre a fotossíntese, é correto afirmar:
- Física | C. Indução Eletromagnética
Considere um arranjo experimental, representado na figura, em que um ı́mã pode se movimentar ao longo das retas
ou sempre com velocidade constante (v ≪ c). Uma espira retangular de auto-indutância desprezível é posicionada perpendicularmente a
Pelo centro da espira, o ponto P, passam as retas e . A corrente elétrica na espira, observada desde a perspectiva de um observador no ponto A, é positiva, por convenção, se estiver no sentido horário. O polo norte do ı́mã sempre aponta ou para A ou para A'. A respeito da situação fı́sica descrita, são feitas as seguintes afirmações:
I. Quando o ı́mã se desloca de A para P, a corrente na espira é negativa.
II. No momento em que o centro do ı́mã passa pelo ponto P, a corrente na espira é zero.
III. Durante a passagem do ı́mã de A para B, haverá dois picos de corrente medidos.
IV. Quando o ı́mã passa por
a corrente máxima na espira é maior do que a corrente máxima quando o ı́mã passa por
Das afirmações I a IV, acima destacadas, estão corretas
- História | 6.17 América Latina no Século XX
O Equador foi o primeiro país do mundo a introduzir os direitos da natureza numa constituição. O movimento indígena-camponês-ambientalista rejeitou a exploração do petróleo nos contrafortes andino-amazônicos (Parque Nacional de Yasuny). A reivindicação foi acatada pelo governo de Rafael Correa e esta é a primeira proposta concreta que não se faz como compensação dos países ricos a algum país pobre, enquanto continuam explorando e lançando gases do efeito estufa na atmosfera.
PORTO-GONÇALVES, C. W.; QUENTAL, P. América Latina e colonialidade do poder. In: HAESBAERT, R. (Org.). Globalização e fragmentação no mundo contemporâneo. Niterói: Eduff, 2013 (adaptado).
A ação do governo equatoriano foi resultado de uma mobilização marcada pelo(a)