Na eletrólise de uma solução aquosa de H2SO4, os produtos formados são
Questões relacionadas
- Matemática | 1.09 Radiciação
O número e igual a:
- Literatura | 5.2 Modernismo
(ENEM 2010 1º APLICAÇÃO) Negrinha
Negrinha era uma pobre órfã de sete anos. Preta? Não; fusca, mulatinha escura, de cabelos ruços e olhos assustados.
Nascera na senzala, de mãe escrava, e seus primeiros anos vivera-os pelos cantos escuros da cozinha, sobre velha esteira e trapos imundos. Sempre escondida, que a patroa não gostava de crianças.
Excelente senhora, a patroa. Gorda, rica, dona do mundo, amimada dos padres, com lugar certo na igreja e camarote de luxo reservado no céu. Entaladas as banhas no trono (uma cadeira de balanço na sala de jantar), ali bordava, recebia as amigas e o vigário, dando audiências, discutindo o tempo. Uma virtuosa senhora em suma – “dama de grandes virtudes apostólicas, esteio da religião e da moral”, dizia o reverendo.
Ótima, a dona Inácia.
Mas não admitia choro de criança. Ai! Punha-lhe os nervos em carne viva.
[...]
A excelente dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças. Vinha da escravidão, fora senhora de escravos – e daquelas ferozes, amigas de ouvir cantar o bolo e zera ao regime novo – essa indecência de negro igual.LOBATO, M. Negrinha. In: MORICONE, I. Os cem melhores contos brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2000 (fragmento).
A narrativa focaliza um momento histórico-social de valores contraditórios. Essa contradição infere-se, no contexto, pela
- Matemática | 3.3 Quadrática ou 2° Grau
Um professor, depois de corrigir as provas de sua turma, percebeu que várias questões estavam muito difíceis. Para compensar, decidiu utilizar uma função polinomial f, de grau menor que 3, para alterar as notas x da prova para notas y = f(x), da seguinte maneira:
A nota zero permanece zero.
A nota 10 permanece 10.
A nota 5 passa a ser 6.
A expressão da função y = f(x) a ser utilizada pelo professor é
- Língua Portuguesa - Fundamental | 1.02 Variedades Linguísticas
Texto 4
Margarida
A garota em êxtase brandiu o postal que recebera do namorado em excursão na Grécia:
— Coisa mais linda! Olha só o que ele escreveu: “Eu queria desfolhar teu coração como se ele fosse a mais margarida de todas as margaridas”. Marquinhos é genial, o senhor não acha?
— Pode ser que seja, não conheço Marquinhos. […] Mas essa frase não é de Marquinhos.
— Não é de Marquinhos?! Tá com a letra dele, assinada por ele.
— Estou vendo que assinou, mas é de Darío.
— Quem? O Darío, do Atlético Mineiro? Sem essa.
— Não, minha florzinha, Darío, Rubén Darío, o poeta da Nicarágua.
— Não conheço. Então Rubén Darío falou o poema para Marquinhos e Marquinhos
achou bacana e pediu o verso emprestado a ele?
— Tenho a impressão que o Marquinhos não pediu nada emprestado a Rubén
Darío. Tomou sem consultar.
— Como é que o senhor sabe?
— É muito difícil consultar o Darío.
— Por quê? Ele não dá bola para gente? Não gosta da mocidade? É careta?
[…]
— Ele morreu em 1916.
— Ah! E como é que o Marquinhos descobriu essa margarida, me conte!
— Simples. Leu num livro de poemas de Rubén Darío.
[…]
Ficou tão triste — os olhos, a boca, a testa franzida — que achei de meu dever confortá-la:
— Que importância tem isso? A frase é de Darío, é de Marquinhos, é de toda pessoa sensível, capaz de assimilar o coração à margarina... Desculpe: à margarida.
[…]
— Ah, o senhor está por fora. Eu queria a margarida só para mim. Copiada não tem graça. A graça era imaginar Marquinhos, muito sério, desfolhando meu coração transformado em margarida, para saber se eu gosto dele, um pouquinho, bastante, muito loucamente, nada. E a margarida sempre com uma pétala escondida por baixo da outra, entende? Para ele não ter certeza, porque essa certeza eu não dava... Era gozado.
— Continue imaginando.
— Agora não dá pé. Marquinhos roubou a margarida, quis dar uma de poeta. Não colou.
— Espere um pouco. Eu disse que a margarida era de Rubén Darío? Esta cabeça!
Esquece, minha filha. Agora me lembro que Rubén Darío nem podia ouvir falar em margarida, começava a espirrar, a tossir, ficava sufocado, uma coisa horrível. Alergia
— que no tempo dele ainda não estava batizada. Pois é. Garanto a você, posso jurar que a margarida não é de Darío.
— De quem é então?
— De Marquinhos, ué.
— Tem certeza que nunca ninguém antes de Marquinhos escreveu “a mais margarida de todas as margaridas”? […]
— Absoluta. Marquinhos é genial, reconheço. Mas, por via das dúvidas, continue escondendo uma pétala de reserva, sim?
— Pode deixar por minha conta. […] Agora tá legal, tchau, vovô!
Vovô: foi assim que ela me agradeceu a mentira generosa, a bandida.
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Margarida. Disponível em: <http://www.paralerepensar.
com.br/drummond_cronicas.htm#MARGARIDA>. Acesso em: 15 jan. 2011.)
No trecho “— Não conheço. Então Rubén Darío falou o poema para Marquinhos e Marquinhos achou bacana e pediu o verso emprestado a ele?” (linhas 12-13), o pronome em destaque retoma e substitui
- Arte - Fundamental | 03. Estudo das Cores
- O professor vai iniciar a aula falando sobre a luz, sombra e contraste.
- "Em nossa sociedade, vivenciamos a noite, o escuro e a sombra como elementos misteriosos e sombrios. É comum também que as crianças experimentem sensações de medo diante de ambientes sem luz. Mas, afinal, o que é a luz? Quais as possibilidades de criação a partir dela? Como as crianças percebem as diferentes situações luminosas? Pensar a fotografia é justamente pensar a luz. A fotografia, aliás, nasceu como registro da luz."
- Inicie uma exploração com as crianças sobre o que é a luz e onde a encontramos na natureza, em casa, na escola e com objetos luminosos, a partir de atividades como:
- Realizar um percurso investigativo na escola, observando situações luminosas encontradas nos diferentes ambientes.
- Por exemplo: escuro absoluto e luminosidade baixa, média ou alta.
- Observar e conversar sobre como os nossos olhos e a abertura das nossas pupilas se comportam diante dessas diferentes luminosidades.
- Fazer uso criativo da luz, com o auxílio de lanternas, como iluminar partes do corpo e fazer projeções na parede e no teto, criando histórias a partir delas.
- Perceber as diferentes sensações provocadas pela cor da luz, usando lâmpadas coloridas ou lanternas cobertas com papel celofane colorido. Por exemplo: a luz vermelha traz que sensação? E a azul?
- Levar as crianças a uma sala de teatro, se possível, e oferecer a elas a oportunidade de conhecer a iluminação cênica como um importante elemento das peças teatrais.
Segunda etapa:
- Introduza agora uma investigação sobre o que é a sombra e como ela só existe na presença da luz. Nesse sentido, algumas atividades possíveis são:
- Lançar mão de uma luminária ou projetor para brincar e fazer sombras na parede, usando apenas as mãos, o corpo inteiro e objetos.
- Também usando a projeção de luz, fixar um papel branco de tamanho grande em uma parede. Enquanto uma criança projeta sua sombra no papel, outra contorna essa sombra com giz de cera. A ação pode ser repetida até que todos tenham desenhado.
- Projetar com lanternas ou velas a sombra de diferentes objetos, de maneira que as sombras provoquem distorções conforme o ângulo em que os objetos são posicionados.
- Propor que as crianças desenhem, no pátio, as sombras das árvores ou das folhas, projetadas em papéis dispostos no chão.
Terceira etapa:
- Depois das explorações iniciais sobre luz e sombra, é hora de ajudar as crianças a pensar sobre o quanto a percepção da luz é importante para fazer uma fotografia. Comece explicando que o significado da palavra foto é luz. Logo, fotografia é um desenho ou um registro de luz, uma impressão luminosa. Em seguida, retome os exercícios da etapa anterior, agora com o uso de câmeras fotográficas e acrescentando novas propostas. Uma alternativa interessante é sugerir que a turma tire fotos no escuro, na ausência da luz e sem o uso de flash. A partir dessa experiência, ajude as crianças a perceber que sem luz não há fotografia: observem os resultados (as fotos podem ser ampliadas em um monitor ou impressas) e conversem sobre o fato de que as imagens que poderiam ser esperadas não aparecem.
- No momento seguinte, sugira uma nova sessão fotográfica, agora usando diferentes intensidades de luz. Para isso, você pode aumentar gradativamente a luminosidade da sala de aula até que todos encontrem um ponto que considerem bom para clicar. Peça ainda que a turma faça fotos iluminadas por lâmpadas coloridas ou lanternas cobertas com celofane.
- Depois dessas experimentações, observem e conversem sobre os novos resultados e sobre o que aconteceu com as imagens captadas em cada situação. Por fim, mais uma sessão pode ser realizada e comentada sobre os efeitos das sombras, com fotos do corpo (iluminado em partes ou por inteiro, projetado na parede ou no chão, de baixo para cima ou de cima para baixo, entre outras situações), de objetos (sob luzes posicionadas em diferentes locais, provocando sombras maiores e menores) e de folhas de árvores no pátio, iluminadas pelo sol.
Fonte: https://novaescola.org.br/conteudo/6498/luz-e-sombra-pensando-a-fotografia-com-criancas#