A reação entre íons alumínio (Al3+) e íons bicarbonato (HCO3-) produz hidróxido de alumínio, utilizado como floculante no tratamento de água. O íon alumínio pode ser produzido por eletrólise aquosa com eletrodos ativos, em que um ânodo de alumínio sofre corrosão, liberando íons Al3+ para a formação do floculante. Uma indústria funciona com esse processo durante 193 segundos e utilizando uma corrente elétrica de 100 A.
Sendo conhecida a constante de Faraday (96.500 C/mol) e massa atômica do alumínio (27 g/mol), a massa do íon metálico produzido é próxima de
Questões relacionadas
- Língua Portuguesa | 1.08 Figuras de Linguagem
(UNIFESP) O tabuleiro de xadrez persa
Segundo o modo como ouvi pela primeira vez a história, aconteceu na Pérsia antiga. Mas podia ter sido na Índia ou até na China. De qualquer forma, aconteceu há muito tempo. O grão-vizir, o principal conselheiro do rei, tinha inventado um novo jogo. Era jogado com peças móveis sobre um tabuleiro quadrado que consistia em 64 quadrados vermelhos e pretos. A peça mais importante era o rei. A segunda peça mais importante era o grão-vizir – exatamente o que se esperaria de um jogo inventado por um grão-vizir. O objetivo era capturar o rei inimigo e, por isso, o jogo era chamado, em persa, shahmat – shah para rei, mat para morto. Morte ao rei. Em russo, é ainda chamado shakhmat. Expressão que talvez transmita um remanescente sentimento revolucionário. Até em inglês, há um eco desse nome – o lance final é chamado checkmate (xeque-mate). O jogo, claro, é o xadrez. Ao longo do tempo, as peças, seus movimentos, as regras do jogo, tudo evoluiu. Por exemplo, já não existe um grão-vizir – que se metamorfoseou numa rainha, com poderes muito mais terríveis.
A razão de um rei se deliciar com a invenção de um jogo chamado “Morte ao rei” é um mistério. Mas reza a história que ele ficou tão encantado que mandou o grão-vizir determinar sua própria recompensa por ter criado uma invenção tão magnífica. O grão-vizir tinha a resposta na ponta da língua: era um homem modesto, disse ao xá. Desejava apenas uma recompensa simples. Apontando as oito colunas e as oito filas de quadrados no tabuleiro que tinha inventado, pediu que lhe fosse dado um único grão de trigo no primeiro quadrado, o dobro dessa quantia no segundo, o dobro dessa quantia no terceiro e assim por diante, até que cada quadrado tivesse o seu complemento de trigo. Não, protestou o rei, era uma recompensa demasiado modesta para uma invenção tão importante. Ofereceu joias, dançarinas, palácios. Mas o grão-vizir, com os olhos apropriadamente baixos, recusou todas as ofertas. Só desejava pequenos montes de trigo. Assim, admirando-se secretamente da humildade e comedimento de seu conselheiro, o rei consentiu.
No entanto, quando o mestre do Celeiro Real começou a contar os grãos, o rei se viu diante de uma surpresa desagradável. O número de grãos começa bem pequeno: 1, 2, 4, 8, 16, 32, 64, 128, 256, 512, 1024... mas quando se chega ao quadrado, o número se torna colossal, esmagador. Na realidade, o número é quase 1quintilhões. Talvez o grão-vizir estivesse fazendo uma dieta rica em fibras.
Quanto pesam quintilhões de grãos de trigo? Se cada grão tivesse o tamanho de um milímetro, todos os grãos juntos pesariam cerca de bilhões de toneladas métricas, o que é muito mais do que poderia ser armazenado nos celeiros do xá. Na verdade, esse número equivale a cerca de 150 anos da produção de trigo mundial no presente. O relato do que aconteceu a seguir não chegou até nós. Se o rei, inadimplente, culpando-se pela falta de atenção nos seus estudos de aritmética, entregou o reino ao vizir, ou se o último experimentou as aflições de um novo jogo chamado vizirmat, não temos o privilégio de saber.
11 quintilhão Para se contar esse número a partir de (um número por segundo, dia e noite), seriam necessários bilhões de anos (mais tempo do que a idade do universo).
(Carl Sagan. Bilhões e bilhões, 2008. Adaptado.)
No artigo, o recurso à ironia está bem exemplificado em:
- Ciências - Fundamental | Não Possui Tópico Definido
45. Texto base: Leia o texto a seguir. A chuva A chuva derrubou as pontes. A chuva transbordou os rios. A chuva molhou os transeuntes. A chuva encharcou as praças. A chuva enferrujou as máquinas. A chuva enfureceu as marés. A chuva e seu cheiro de terra. A chuva com sua cabeleira. A chuva esburacou as pedras. A chuva alagou a favela. A chuva de canivetes. A chuva enxugou a sede. A chuva anoiteceu de tarde. A chuva e seu brilho prateado. A chuva destroçou os guarda-chuvas. A chuva durou muitos dias. A chuva apagou o incêndio. A chuva caiu. A chuva derramou-se. A chuva murmurou meu nome. A chuva ligou o para-brisa. A chuva acendeu os faróis. A chuva tocou a sirene. A chuva com a sua crina. A chuva encheu a piscina. A chuva com as gotas grossas. A chuva de pingos pretos. A chuva açoitando as plantas. A chuva senhora da lama. A chuva sem pena. A chuva apenas. A chuva empenou os móveis. A chuva amarelou os livros. A chuva corroeu as cercas. A chuva e seu baque seco. A chuva e seu ruído de vidro. A chuva inchou o brejo. A chuva pingou pelo teto. A chuva multiplicando insetos. A chuva sobre varais. A chuva derrubando raios. A chuva acabou a luz.. A chuva regou o gramado. A chuva arrepiou os poros. A chuva fez muitas poças. A chuva secou ao sol. Disponível em:< http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/chuva-634288.shtml >l.Acesso em 19 out.2014.
Enunciado:
A leitura desse texto nos remete a pensar sobre os últimos acontecimentos ocorridos em várias partes do mundo relacionados ao problema com a escassez da água. Redija uma reflexão sobre as principais causas e consequências das responsabilidades ambientais e sociais dos seres humanos relacionadas ao fenômeno da chuva, incluindo você.
- História | 5.3 Reforma Protestante
(UECE) Leia atentamente o trecho a seguir:
“Antes de chegar à ilha, o rei Utopos tinha conhecimento de que seus habitantes lutavam continuamente entre si por questões religiosas. De fato, concluiu que seria fácil conquistar a ilha porque as diferentes seitas estavam demasiadamente ocupadas, lutando umas contra outras, para se oporem às suas forças. Portanto, tão logo conquistou a vitória, decretou que cada um era livre para professar a religião de sua própria escolha, podendo fazer proselitismo por sua fé, desde que fosse de forma racional, discreta e moderada, sem agredir outras crenças”.
MORE, Thomas. Utopia. trad. Anah de Melo Franco. Brasília: Editora da Universidade de Brasília: Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais, 2004, p. 115.
Publicado em 1516, o clássico Utopia, do inglês Thomas More ou Thomas Morus, reflete a visão do autor sobre várias questões de sua época. Quanto às questões religiosas, tratadas no excerto acima, o livro é bastante significativo de sua época, porque
- Língua Portuguesa | 1. Interpretação de Textos
(FMP) A internet e os direitos autorais
1A internet e outras tecnologias mudaram a rotina das famílias, a vida social e até a sua percepção do mundo. Distâncias parecem menores, a ideia de privacidade está em questão, e os relacionamentos amorosos ganharam nova dimensão. De forma tão 2avassaladora, que 3quem não participa das redes sociais em algum momento pode se sentir excluído ou 4desinformado.
5A transformação trazida pela tecnologia, no entanto, não pode ser confundida com ruptura com tudo o que havia antes. 6Os critérios para avaliar um livro continuam os mesmos, não importa se em e-book ou edição de capa dura; 7a relação custo-benefício de uma compra ainda precisa ser pensada com critério, seja em e-commerce ou loja de shopping; 8e o cuidado com a publicação de uma notícia, o que inclui a sua correta apuração e a clareza do texto, deve ser o mesmo em site ou jornal de papel.
9O mesmo raciocínio se aplica à propriedade 10intelectual de músicas, textos, filmes e quaisquer outras obras, que ganham novas formas de exposição com a internet, mas continuam a ter donos. Da mesma maneira que antes do 11aparecimento das mídias digitais. 12Infelizmente, não é dessa forma que parecem pensar grandes empresas internacionais da internet, que brigam na Justiça com a União Brasileira das Editoras de Música e 13impedem assim o pagamento aos filiados à entidade dos valores relativos à exibição de seus trabalhos nos canais de áudio e vídeo. É uma situação 14inadmissível, que já dura muitos meses.
15O respeito aos direitos autorais na era da internet é questão 16vital porque o mercado de CDs só faz encolher. 17As novas mídias representam a perspectiva de trabalho para os criadores a longo prazo. É 18necessário assegurar a sua adequada 19remuneração e, por extensão, os recursos para que a produção musical se sustente a longo prazo. 20A agilidade e a 21onipresença da rede podem – e devem – servir para trazer mais recursos ao compositor, e não o contrário.
22Empresas 23jornalísticas, no Brasil e no mundo, também já viram o conteúdo da imprensa profissional ser divulgado na internet sem contrapartida alguma ignorando os altos custos de produção da notícia. No Brasil, a Associação Nacional de Jornais (ANJ) proíbe, por notificação judicial, que se reproduza a íntegra dos textos dos 24associados.
25Se as novas tecnologias facilitam o 26entretenimento e aumentam a oferta de bens culturais a consumidores no mundo 27inteiro, elas são bem-vindas. Mas isso não pode acontecer à custa do 28sagrado direito autoral.
Rio de Janeiro, O Globo, Opinião, 23 abr. 2015, p.16. Adaptado.
A relação lógica estabelecida pela expressão em destaque, nas frases do texto, está explicitada adequadamente entre colchetes em:
- Língua Portuguesa | 1.03 Capacidade de Análise
(ENEM 2018 1ª APLICAÇÃO)
O rio que fazia uma volta atrás de nossa casa era a
imagem de um vidro mole que fazia uma volta atrás
de casa.
Passou um homem e disse: Essa volta que o
rio faz por trás de sua casa se chama enseada.
Não era mais a imagem de uma cobra de vidro que
fazia uma volta atrás de casa.
Era uma enseada.
Acho que o nome empobreceu a imagem.
BARROS, M. O livro das ignorãças. Rio de Janeiro; Best Seller. 2008.
O sujeito poético questiona o uso do vocábulo “enseada” porque a