A civilização 2“pós-moderna” culminou em um progresso inegável, que não foi percebido antecipadamente, em sua inteireza. Ao mesmo tempo, sob o 3“mau uso” da ciência, da tecnologia e da capacidade de invenção nos precipitou na miséria moral inexorável. Os que condenam a ciência, a tecnologia e a invenção criativa por essa miséria ignoram os desafios que explodiram com o capitalismo monopolista de sua terceira fase.
Em páginas secas premonitórias, E. Mandel* apontara tais riscos. O 4“livre jogo do mercado” (que não é e nunca foi 5“livre”) rasgou o ventre das vítimas: milhões de seres humanos nos países ricos e uma carrada maior de milhões nos países pobres. O centro acabou fabricando a sua periferia intrínseca e apossou-se, como não sucedeu nem sob o regime colonial direto, das outras periferias externas, que abrangem quase todo o 6“resto do mundo”.
Florestan Fernandes, Folha de S. Paulo, 27/12/1993.
(FUVEST 2014 1° FASE) O emprego de aspas em uma dada expressão pode servir, inclusive, para indicar que ela
I. foi utilizada pelo autor com algum tipo de restrição;
II. pertence ao jargão de uma determinada área do conhecimento;
III. contém sentido pejorativo, não assumido pelo autor.
Considere as seguintes ocorrências de emprego de aspas presentes no texto:
A. “pós-moderna” (ref. 2);
B. “mau uso” (ref. 3);
C. “livre jogo do mercado” (ref. 4);
D. “livre” (ref. 5);
E. “resto do mundo” (ref. 6).
As modalidades I, II e III de uso de aspas, elencadas acima, verificam-se, respectivamente, em