Sendo a terra que dá o ouro pouco produtiva [...] e não menos estéril a maior parte dos caminhos das minas, não se pode crer o que padeceram, ao princípio, os mineiros por falta de mantimentos [...] Porém, tanto que se viu a abundância do ouro que se tirava e a largueza como que se pagava tudo que lá ia, logo se fizeram estalagens e logo começaram os mercadores a mandar às minas o melhor que chega nos navios do reino e de outras partes, assim de mantimentos, como de regalo [presente] e de pomposo para se vestirem, além de mil bugiarias [bugigangas] de França, que lá também foram dar. E, a esse respeito, de todas as partes do Brasil se começou a enviar tudo o que dá terra, com lucro não somente grande, mas excessivo.
ANTONIL, A. J. Cultura e Opulência do Brasil. BH: Itatiaia, 1982. p. 169-170.
O texto refere-se ao processo de desenvolvimento da atividade mineradora no período colonial. O fator que mais contribuiu para a ocupação populacional da região mineradora foi a