Revelação do subúrbio
Quando vou para Minas, gosto de ficar de pé, contra a
[vidraça do carro*,
vendo o subúrbio passar.
O subúrbio todo se condensa para ser visto depressa,
com medo de não repararmos suficientemente
em suas luzes que mal têm tempo de brilhar.
A noite come o subúrbio e logo o devolve,
ele reage, luta, se esforça,
até que vem o campo onde pela manhã repontam laranjais
e à noite só existe a tristeza do Brasil.
Carlos Drummond de Andrade, Sentimento do mundo, 1940.
(*) carro: vagão ferroviário para passageiros.
(FUVEST 2014 1° FASE) Em consonância com uma das linhas temáticas principais de Sentimento do mundo, o vivo interesse que, no poema, o eu lírico manifesta pela paisagem contemplada prende-se, sobretudo, ao fato de o subúrbio ser
Questões relacionadas
- Matemática - Fundamental | 07. Ângulos e Retas
Da janela de seu apartamento, Marcelo avista outro edifício sob um ângulo de 110º, conforme indicado no esquema.
A distância da janela do apartamento de Marcelo até o chão (AB) é igual à distância entre os dois prédios (BC). Nessas condições, o ângulo α, assinalado no esquema, mede:
- Língua Portuguesa - Fundamental | 03. Sinais de Pontuação
a) Todas as frases do texto anterior são declarativas, exclamativas ou interrogativas?
b) Elas terminam com qual sinal de pontuação?
c) Por que o autor escolheu esse tipo de pontuação em seu texto?
- Língua Portuguesa - Fundamental | 6.2 Aliteração, Assonância e Onomatopeia
Leia o conto a seguir e responda à questão.
Traços Traçados
Era uma vez um traço. E era outra vez outro traço. Os dois foram traçados por um menino que gostava muito de desenhar trecos com muitas tramas.
A transação dos traços deu uma trança.
E essa trança, trançada com outros tantos traços, deu ‘trocentos’ troços traçados!
“Trocentos troços traçados fazem muitas trocas”, ele pensou, já tonto com tantos tês e ‘trs’.
Então, no meio de tantos traços e tantas letras, sem travas nem trapaças, o menino fez uma descoberta transcendental!
Foi assim, entre traços entrelaçados e letras tresloucadas, que ele descobriu que é assim que se fazem...
Os livros.
(ALVES. J. C. & BOLLOS, A. Traços e Traçados. Nova Escola – Edição Especial CONTOS, v. 5. p. 34 – 35)
Para a construção do conto Traços Traçados, os autores escolheram palavras que apresentam semelhanças tanto na grafia quanto no som. Percebe-se, ao fazer essa escolha, que houve uma repetição de um mesmo fonema para realçar determinado som ou dar ritmo às orações e períodos que constituem o texto. Que a figura de construção (ou sintaxe) é responsável por esse efeito?
- Língua Portuguesa - Fundamental | 9.01 Texto narrativo
BICHO PAPÃO DA MINHA IMAGINAÇÃO
A gente tem muitos bichos na vida. Eu, como toda criança, tive meu bicho-papão particular, chamado medo.
Bicho-papão aparecia nas horas mais escuras da noite, naquelas horas em que a cabeça da gente começa a imaginar besteiras, imaginar, imaginar, de repente o medo toma conta do mundo.
Bicho-papão a gente inventa.
O meu foi inventado por uma cozinheira gorda, chamada Guiomar. Guiomar (...) vivia contando histórias terríveis, de botar cabelo em pé. (...)
(...)
Eu sei que, de tanto ouvir a cozinheira, criei meu Bicho-papão particular. Ele era assim: olhos cor de fogo, pés virados pra trás, soltava muita fumaça pelas ventas e era mula-sem-cabeça, além de pular num pé só e usar touca vermelha, fumar um cachimbo e, de vez em quando, parecer minha professora de matemática. Tinha vezes que Bicho-papão era ótimo, nem existia! Mas bastava ser noite de tempestade, lá vinha Bicho-papão vestido de lençol branco, casaco de padre, chapéu de freira, blusa de crochê e leque de plumas. Era realmente uma coisa impossível, não existia, era meu medo.
Uma noite cismei que meu pai era o Bicho-papão. (...)
Eu já estava deitada. Era uma noite escura. Papai estava conversando na sala, com visitas. De repente, pensei assim:
“O Bicho-papão está fingindo que é meu pai. Ele está lá na sala, conversando, enganando todo mundo, tomando a forma de meu pai, o danado! Mas não é meu pai, é o Bicho-papão! Pra tirar a dúvida, vou chamar ele pra vir aqui no meu quarto... se ele tiver pé de pato, em vez de ter pé de gente, é porque ele não é meu pai!”
O vento batia na cortina branca, igual aos filmes de terror. Resolvi que preferiria dormir, sem saber da verdade. Chamar pra tirar a dúvida? Deus me livre.
Lembrei de uma reza que Guiomar tinha me ensinado pra espantar todos os males do mundo. Era uma reza complicada, precisava rezar e dar uns pulinhos e umas voltas. Pra rezar aquilo seria necessário sair de debaixo do cobertor. Deus me acuda!
(...)
Resolvi tomar coragem, mas o pavor não passava. Era preciso rezar a reza de Guiomar (...).
Pulei da cama rápido, acendendo a luz de cabeceira. Sombras enormes projetavam-se nas paredes, a cortina continuava a dançar, enquanto o vento gemia lá fora: uuuuuuuuuuu!
Comecei a recitar a reza.
(...)
Na exata hora em que eu estava dando o sétimo rodopio, meu pai entrou no quarto, pra ver que barulheira era aquela. Foi entrar, eu pulei de volta na cama, dura de pavor. Seria meu pai, ou seria o Bicho-papão? Eu ainda não tinha terminado de rezar a reza, faltava completar o sétimo rodopio, depois rezar uma ave-maria.
(...)
Papai aproximou-se para ajeitar meu cobertor. Eu, de olhar duro, sem espiar os pés dele. Com certeza eram de pato, virados para trás (...).
– Você precisa dormir, menina. Amanhã o colégio começa cedo.
Resolvi espiar. Eu ia dar uma olhadinha rápida nos pés do meu pai, era só tomar coragem. Suava frio, tremia toda, apavorada.
– Você está com frio?
“Pronto! Ele perguntou isso só pra me soprar o fogo de suas ventas! Era a mula-sem-cabeça, fingindo ser papai. Tinha pé de pato, com certeza absoluta!”
Tomei coragem, virei os olhos pra baixo pra espiar. Neste segundo, ele apagou a luz dizendo:
– Boa noite.
Fiquei sem saber se era meu pai ou se era o Bicho-papão. (...) ORTHOF, Sylvia. Os bichos que eu tive (memórias zoológicas). Rio de Janeiro: Salamandra, 1983. p. 30-32.
Ao ler a descrição do Bicho-papão, percebemos que ele possui características de alguns mitos do nosso folclore.
- a) Cite um desses mitos e escreva quais as características relacionadas a ele que foram herdadas pelo Bicho-papão.
- b) Por que, provavelmente, o Bicho-papão herdou características de mitos do nosso folclore?
- História - Fundamental | Não Possui Tópico Definido
Observe o mapa a seguir.
Disponível em:< https://goo.gl/tRHbL8>. Acesso em 22 abr. 2018
A) Explique o que aconteceu após a morte do Profeta com a religião islâmica.
B) Cite as principais características do período dos califas de abássidas.